Os manifestantes se concentraram na praça da Câmara Municipal, de onde seguiram até o Palácio da Generalitat, sede do governo regional. Eles exigiram, principalmente, a renúncia do presidente regional do leste de Valência, Carlos Mazón, mas não pouparam críticas ao Executivo central, do socialista Pedro Sanches.
As principais acusações contra os políticos são de não terem alertado de forma clara e contundente os cidadãos para o poder das chuvas que se aproximavam, e de terem reagido tardiamente e mal para ajudar a população de quase 80 municípios.
Grupos civis e sindicatos protestam contra a gestão da resposta emergencial às enchentes no leste da Espanha, em Valência, em 9 de novembro de 2024. — Foto: REUTERS/Ana Beltran
As inundações deixaram 220 mortos no leste da Espanha, 212 deles na região de Valência, onde é feito um esforço para limpar o atoleiro em que muitas cidades se converteram e encontrar dezenas de desaparecidos.
A arquivista Ana de la Rosa, 30, considera que "houve má gestão por trás, guerras políticas entre a Generalitat, que tinha as competências" para oferecer soluções em primeiro lugar, "com o governo central". "Envolveram-se em guerrilhas políticas quando não era o momento. Os cidadãos precisavam de ajuda, e não desse tipo de comportamento", acrescentou.
A moradora Trini Orduña atribuiu a culpa igualmente a Valencia e Madri, chamando a classe política do país de "vergonhosa" e a gestão da catástrofe de "horrorosa".
Grupos civis e sindicatos protestam contra a gestão da resposta emergencial às enchentes no leste da Espanha, em Valência, em 9 de novembro de 2024. — Foto: REUTERS/Ana Beltran
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