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Matt Gaetz, acusado de participar de esquema de tráfico sexual e apontado como procurador-geral por Trump, desiste do cargo

A nomeação de Gaetz ainda teria de ser aprovada pelo Senado dos EUA.

O político é conhecido por ser um negacionista do resultado das eleições de 2020, além de ser da ala extremista do Partido Republicano.

Nas eleições deste ano, Gaetz foi eleito para um quinto mandato como deputado pela Flórida. Atualmente, ele é alvo de uma investigação dentro do Comitê de Ética da Câmara por supostamente ter pagado para fazer sexo com uma jovem de 17 anos. Ele nega a acusação.

Em uma nota divulgada em sua conta na rede social X, Gaetz justificou a retirada de seu nome dizendo que "está claro de que minha confirmação estava injustamente se tornando uma distração para o trabalho essencial da transição Trump/Vance".

"Não há tempo a perder com uma polêmica desnecessariamente prolongada em Washington", diz a nota do deputado.

O anúncio ocorre um dia após o Comitê de Ética da Câmara ter chegado a um impasse na divulgação de um relatório sobre alegações de má conduta sexual e uso de drogas ilegais por Gaetz, e depois de ele se reunir com senadores republicanos cujo apoio seria necessário para se tornar procurador-geral.

Além das investigações na Câmara, Gaetz foi investigado pelo Departamento de Justiça por possível participação em um esquema de tráfico sexual. Ele acabou não sendo indiciado.

Cargo-chave na nova era Trump

O círculo íntimo de Trump acredita que o cargo de procurador-geral seja o mais importante da nova administração, depois da própria presidência.

A Procuradoria-Geral será essencial para que Trump consiga pôr em prática os planos de realizar deportações em massa, perdoar os envolvidos no ataque de 6 de janeiro de 2021 e buscar vingança contra aqueles que o processaram nos últimos quatro anos.

"Matt irá acabar com uso político do governo, proteger nossas fronteiras, desmantelar organizações criminosas e restaurar a fé e confiança dos americanos na Justiça, que foram severamente abaladas", disse Trump em um comunicado, no último dia 13.

Indicado de Trump para procurador-geral é investigado por má conduta sexual

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Durante o primeiro mandato, Trump ficou furioso com o que chamou de Departamento de Justiça "obstrucionista", incluindo os procuradores-gerais Jeff Sessions e Bill Barr.

Sessions foi responsável por autorizar uma investigação sobre supostos contatos entre a campanha presidencial de Trump em 2016 e a Rússia. Já Barr rejeitou as alegações de fraude nas eleições de 2020.

Para o novo mandato, Trump estava buscando alguém em que pudesse confiar. Gaetz é um dos maiores devotos do presidente eleito.

Em julho deste ano, ele apresentou um projeto de lei com o objetivo de limitar penas severas contra investigados nos ataques de 6 de janeiro de 2021.

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