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Assange passou os últimos 14 anos preso entre a embaixada do Equador em Londres e a prisão britânica. Aos 53 anos, o fundador do WikiLeaks participou da comissão do Conselho da Europa em Estrasburgo, na França. O órgão examinou as condições e o impacto da sua detenção.
Declarado um "homem livre" pela Justiça americana, Assange voltou à Austrália e se reuniu com sua família. Desde então, não tem feito aparições públicas, embora o WikiLeaks continue fornecendo informações sobre ele.
Na semana passada, a organização informou que Assange testemunharia pessoalmente ao Conselho da Europa "devido à natureza excepcional do convite" e apesar de "ainda estar em recuperação após sua libertação".
Assange disse esperar que o depoimento possa "ajudar aqueles cujos casos são menos visíveis, mas que são igualmente vulneráveis". Ele também afirmou que há cada vez "mais impunidade, menos transparência, mais retaliação" contra aqueles que dizem "a verdade" e "mais autocensura".
Quem é Julian Assange, hacker e ativista que expôs documentos confidenciais dos EUA
O Conselho da Europa é uma organização de 46 países não vinculado à União Europeia e dedicado à promoção dos direitos humanos no continente. Entre suas organizações está a Assembleia Parlamentar e o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.
A Assembleia Parlamentar vai debater na quarta-feira (2) um relatório, elaborado pela parlamentar islandesa Thorhildur Sunna Aevarsdottir, que considera "desproporcionais" as ações judiciais e as sentenças contra Assange.
O relatório também é a base de um projeto de resolução que insta os Estados Unidos a "investigar os supostos crimes de guerra e violações dos direitos humanos revelados por ele e pelo WikiLeaks", declarou a organização.
A hora e o local escolhidos por Assange para quebrar seu silêncio confundiram alguns observadores, em particular porque o fundador do WikiLeaks luta para obter um perdão presidencial nos Estados Unidos pela sua condenação com base na Lei de Espionagem.
Chelsea Manning, a agente de inteligência do Exército que vazou os documentos para Assange, passou sete anos na prisão antes do então presidente Barack Obama atenuar uma sentença a 35 anos.
O presidente americano, Joe Biden, que provavelmente concederá alguns indultos antes de deixar o cargo em janeiro, já chamou o australiano de "terrorista de alta tecnologia".
Seus apoiadores o consideram um defensor da liberdade de expressão e do jornalismo, mas seus críticos dizem que a publicação de documentos sensíveis colocou em risco a vida de muitas pessoas e a segurança dos Estados Unidos.
"Continuem a luta!", pediu Assange no final de suas declarações, mostrando sinais de cansaço.
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