Mídia e Marketing #228: Daniela Dantas, vice-presidente da WGSN

Como é o trabalho de pesquisa de tendências em um mundo tão fragmentado? E como as marcas podem trabalhar para que alcancem melhor seus consumidores?

O episódio #228 do programa Mídia e Marketing conversa com Daniela Dantas, vice-presidente da WGSN para América Latina - confira, acima, a entrevista na íntegra.

No papo, Daniela fala sobre a importância da conexão social, aborda o conceito de 'efervescência latina' e sobre como o avanço da inteligência artificial trouxe nova dinâmica ao mercado. 'Independente de tudo, o gatilho humano sempre vai ganhar o jogo das redes sociais', diz.

Confira outros destaques:

Com as redes sociais, com a tecnologia, o ciclo de influência mudou muito. Acontece muito ao mesmo tempo. Mas pesquisa de tendências não é futurologia, não é mágica. A gente está olhando 24 horas por dia, mapeando com o olhar humano e com a tecnologia os assuntos, o que está aumentando, o que está diminuindo.
a partir de 4:35

Nós somos seres sociais. A conexão social é quase um mecanismo de sobrevivência para a gente, em termos comportamentais.
a partir de 6:01

Por mais que a percepção agora é que a gente tenha agenda anti-woke, quando olhamos os últimos 10 anos, os últimos 20 anos, ela é positiva. Existe, sim, uma evolução no sentido de diversidade, no sentido de sustentabilidade.
a partir de 9:32

Há uma tendência de ascensão da América Latina em termos de relevância. Agora você tem um movimento acontecendo, principalmente na indústria musical, que é muito um gatilho para uma nova forma de se ver a América Latina. Você tem artistas latino-americanos no topo da onda, sendo assunto agora como nunca havia sido nos últimos anos.
a partir de 13:42

As collabs, para dar certo, precisam ser coerentes. Quando o mercado vai ficando mais saturado desse tipo de narrativa, a barra vai ficando mais alta, vai ficando mais difícil fazer uma colaboração que faz sentido.
a partir de 17:21

As marcas precisam ser um facilitador para as coisas que aquele consumidor já faz. Está todo mundo exausto. O nível de estímulo que a gente tem diariamente não se compara com o que a gente tinha dez anos atrás.
a partir de 22:20

Existem projeções de que, nos próximos dois anos, 90% do conteúdo novo produzido terá uso de inteligência artificial. Então, além de ser um consumidor cansado, é um consumidor que precisa quase que um filtro para entender o que está acontecendo, se aquilo é verdade ou não.
a partir de 24:34

2026 terá uma quebra importante de ritmo, principalmente no varejo. Serão muitos feriados, tem Copa do Mundo e eleições. O jogo está ficando cada vez mais difícil. Assim, as marcas, mais do que nunca, têm a necessidade de usar a tecnologia para realmente colocar o produto na frente do cliente na hora que ele quer. Você tem que dar acesso. Essa é a palavra de ordem.
a partir de 27:35

Para ganhar relevância dentro de uma plataforma de inteligência artificial, você precisa de uma média de dados já existentes. Há uma nova dinâmica sendo implementada no mercado.
a partir de 31:10

Não teremos uma 'era do desconsumo'. Nós somos seres sociais e consumir nos faz sentir pertencentes, principalmente em contextos conectados. Mas há uma tendência de termos grupos que falam mais sobre o 'não consumir'.
a partir de 33:07

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