Ministro de Minas e Energia viaja para a Venezuela para negociar compra de energia para Roraima

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, está na Venezuela para discutir a importação de energia limpa e renovável da Usina Hidrelétrica de Guri, em território venezuelano, para Roraima. O objetivo é retomar a integração energética entreo  Brasil e a Venezuela para reduzir o uso das termelétricas a óleo diesel — mais caras e poluentes. Silveira vai se reunir com o ministro do Poder Popular para a Energia Elétrica da Venezuela, Nestor Luis Reverol Torres.

O ministro brasileiro fará uma inspeção técnica às instalações de geração e transmissão de energia elétrica da usina nesta terça-feira (24). No mesmo dia, retorna para o Brasil.

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O decreto que permitiu ao Brasil voltar a comprar energia elétrica da Venezuela foi assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A ideia é ampliar as possibilidades de intercâmbio de energia elétrica com países que fazem fronteira com o território brasileiro.

Quando a parceria foi retomada, o presidente também assinou uma ordem de serviço para conectar Roraima ao Sistema Interligado Nacional. O estado é o único do país que não faz parte do sistema. De acordo com o governo, serão investidos R$ 2,6 bilhões nas obras, que vão substituir usinas termelétricas e garantir energia limpa e renovável.

Atualmente, moradores de Boa Vista e cidades próximas dependem de usinas termelétricas movidas a óleo diesel, gás natural e biomassa e de uma pequena central hidrelétrica. A expectativa é gerar mais de 11 mil empregos diretos e indiretos com as obras, que têm previsão de ser concluídas em setembro de 2025.

Os dois países tinham um acordo de distribuição para Roraima até 2019, mas o Brasil não comprava mais a energia produzida na Venezuela. "Nós não estamos apenas autorizando importação da energia da Venezuela, [mas] começando a interligação da América do Sul por energia. O decreto vai permitir realizar contratos para trazer energia limpa e renovável da Venezuela, da Usina de Guri, que volta a ter um papel importante para garantir energia barata e sustentável para Roraima e para o Brasil", ressaltou Silveira em agosto.