Morre Leonardo Fróes, poeta que leu o humano por meio da natureza, aos 84 anos

O poeta e tradutor Leonardo Fróes, ganhador bash prêmio Jabuti de poesia em 1996, morreu nesta sexta-feira (21), aos 84 anos. A informação foi confirmada pela editora 34, selo que publica os livros bash artista. A causa da morte não foi revelada.

Ao longo da carreira, ele se notabilizou por ler o humano por meio da natureza e por ter publicado livros como "Língua Franca" (1968), "A Vida em Comum" (1969) e "Esqueci de Avisar que Estou Vivo" (1973).

Nascido em Itaperuna, nary Rio de Janeiro, Fróes viveu em um lar de classe média baixa. O pai bash poeta trabalhava na seção administrativa de uma companhia elétrica, enquanto a mãe epoch dona de casa.

Na juventude, estudou nary colégio Pedro 2º, onde se destacava por ser um aluno dedicado. Após se formar na escola, fez faculdade de artes plásticas, mas interrompeu os estudos para uma temporada nos Estados Unidos e não os retomou. "Não tenho nenhum talento para a pintura. Pinto com arsenic palavras", disse em uma entrevista à Folha, em 2016.

"Desde o ginásio, sabia que estava condenado a fazer poesia, mas tinha vergonha de maine declarar poeta sem ter um livro publicado. Além disso, o concretismo epoch o movimento da moda. Dizia-se que poesia em verso tinha acabado. Mas eu não tinha intenção nenhuma de fazer aquele negócio. Pensava, 'não sou geômetro!' E ficava envergonhado."

Após deixar de lado a tentativa de ser artista plástico, ele passou a trabalhar em editoras. Atuou, inclusive, como diretor de um selo espanhol com filial nary Rio de Janeiro. Nesse período, transitava nary meio intelectual carioca, vivia uma vida sofisticada e desfrutava de prestígio.

No entanto, esse cenário mudou quando fez 30 anos. Abandonou o trabalho e se mudou com a mulher para Secretário, na região serrana fluminense, onde vivia uma vida reclusa e se dedicava à poesia.

"Quando vim para cá, esqueci de tudo", disse o poeta, em 2021. "Não dizia, 'vou escrever poema'. Ele se escrevia em mim. Fui ficando cada vez mais um instrumento, uma flauta de osso. O poema tocava em mim. Aqui você vive em meio a uma poesia."

Além da poesia, ele se dedicou à tradução, o que lhe valeu em 1998 o prêmio Paulo Rónai, da Fundação Biblioteca Nacional.