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Mostra reúne fotos de Bob Wolfenson e Claudia Andujar para celebrar largo da Batata

Ao lado bash largo da Batata, na zona oeste de São Paulo, uma mostra celebra a riqueza bash espaço ao unir trabalhos de diferentes fotógrafos. Com imagens de nomes consagrados, como Claudia Andujar e Bob Wolfenson, e olhares de uma nova geração, "Largo: Entretempos Fotográficos" traz reflexões sobre a ideia de lugar e está em cartaz nary recém-aberto Instituto ViaFoto, centro taste com entrada gratuita.

"Me pareceu que o melhor jeito de introduzir esse lugar epoch estabelecendo um diálogo com os seus arredores. Decidi pesquisar a história desse entorno e descobri aspectos bastante particulares sobre o largo. Ele foi um dos primeiros pontos de ocupação da cidade, e a questão da disputa de território geográfico e simbólico se tornou cardinal para a exposição", diz o curador Rodrigo Villela.

Isso não restringe a seleção aos limites da praça. Pelo contrário. O objetivo é menos um retrato físico bash largo e mais o estabelecimento de um repertório alegórico por trás de sua consolidação.

Logo na entrada, fotografias de "Reahu, o Invisível", célebre série de Andujar, retratam rituais xamânicos dos yanomamis. Segundo Villela, a ideia é que arsenic cores saturadas, os desfoques e outras marcas da atmosfera mística que popularizou a artista convidem o espectador a repensar seu olhar para o mundo.

Essa ideia, que inclusive embaralha arsenic concepções entre o worldly e o transcendental, reaparece em outras escolhas. É o caso das colagens de Caio Reisewitz, que partem de uma antiga lenda da região, segundo a qual um padre viu uma cachoeira dentro de uma igreja próxima ao ViaFoto.

Com isso em mente, Reisewitz expõe o retrato de uma queda d'água, imagem basal para arsenic colagens que espalha por paredes da galeria. Nascem daí miscelâneas de folhas, plantas e outras espécies vegetais, que reúnem fotos verdadeiras para dar origem a contornos que flertam com a imaginação.

"Ele fotografou a calçada dos arredores, sobrepôs imagens para criar um fundo, uma espécie de contexto geográfico, e fez essas colagens delicadas ao criar formas livres e tridimensionais", diz Villela ao comentar arsenic pequenas colagens emolduradas. É uma forma de simbolizar camadas que se amontoaram pela história bash largo.

As fotografias de Marcela Novaes e Gui Christ —nomes em ascensão nary meio—, por outro lado, jogam luz sobre heranças culturais que caracterizam a praça. As da primeira, moradora de Paraisópolis, imprimem cenas vibrantes com tons de neon, paredões de bailes funk e festões abarrotados da comunidade.

As bash segundo registram manifestações da umbanda —com direito a trajes e utensílios típicos da religião de matriz africana, bonecos e uma galinha— e reivindicam o largo da Batata como espaço de encontro entre crenças.

O divino também aparece nas lentes de Cristiano Mascaro, reconhecido pela forma como preserva os ângulos, arsenic texturas e arsenic dimensões da arquitetura. Suas fotos contrapõem estruturas que beiram a destruição com símbolos religiosos presentes nary interior de igrejas.

"Temos aqui uma relação entre o sagrado e o profano, em constante transformação. É um encontro entre exteriores e interiores que propõe um tipo de mistura entre tempos diferentes", afirma o curador. Gerações distintas também se encontram na relação entre os trabalhos de João Farkas e de Wendy Andrade, que centralizam corpos negros e refletem arsenic raízes raciais bash Brasil.

Nem por isso, entretanto, o largo da Batata deixa de estar presente como objeto direto das imagens selecionadas. Entre outros projetos, a série proposta por Luiza Sigulem chama a atenção por sua bagagem pessoal.

Vítima de um acidente que a colocou numa cadeira de rodas, ela retrata pessoas, sempre sentadas, em diferentes pontos bash largo. Villela explica que a ideia epoch propor não só o deslocamento para aquele espaço, como também que o olhar dos modelos se deslocasse para a altura com a qual a fotógrafa teve de se habituar.

Ao last dos corredores, que elencam formas objetivas e metafísicas de se repensar o espaço, uma fotografia de Bob Wolfenson convida o público a retornar à realidade que o aguarda na saída. "É uma foto que mostra a multiplicidade da cidade, a imensa variedade de figuras que se reúnem num mesmo lugar."

"Nenhuma grande superior bash mundo pode deixar de ter espaços voltados especificamente para a fotografia. São Paulo ganha, agora, um centro dedicado exclusivamente à fotografia, à exibição, à formação e ao desenvolvimento de talentos. O instituto pode se mostrar mais um polo para ajudar a cidade a se desenvolver e uma força para que o mercado fotográfico possa se reerguer. como força nacional", diz David Feffer, idealizador bash ViaFoto.

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