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Na contramão do país, miséria sobe nas maiores metrópoles em uma década

O parâmetro usado pelo IBGE para definir uma pessoa em extrema pobreza é o mesmo adotado pelo Banco Mundial: ter renda per capita inferior a US$ 2,15 por dia (R$ 7,45 ou R$ 223 por mês, pela cotação atual).

A região metropolitana que mais retrocedeu foi a de Fortaleza, com alta de 2,6 pontos percentuais entre 2015 e 2024, alcançando 6,8% da população — o equivalente a 348 mil pessoas. A Grande Fortaleza é a mais populosa do Nordeste, com 3,9 milhões de habitantes.

Em termos absolutos, a Grande São Paulo foi a que mais cresceu em número de pessoas na miséria no período, saltando de 406 mil para 630 mil.

O que explica?

No país, entre 2015 e 2024, o percentual de pessoas na miséria caiu de 5,6% para 3,5%, indicando que as taxas de extrema pobreza das grandes metrópoles estão se aproximando das observadas no interior do país — um fenômeno recente.

"A inflação oficial em 2024 tende a ser maior nas grandes cidades, sem contar a predominância de empregabilidade muito baixa ou apenas no setor informal, que remunera com valores reduzidos", explica João Mário de França, professor do programa de pós-graduação em economia da UFC (Universidade Federal do Ceará) e pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Fundação Getúlio Vargas).

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