Não adianta só tirar da tomada! Conheça 6 mitos sobre economia de energia

Muitos também acreditam que dispositivos instalados em 220 V são bem mais econômicos do que aqueles de 110 V (127) quando, na verdade, a economia ao fim do mês é quase imperceptível. Na sequência, preparamos uma lista de mitos que você já deve ter ouvido por aí como dicas “certeiras” para combater o gasto excessivo de energia. Siga na leitura e descubra quais são os mitos.

Você pode diminuir gasto com energia atacando principalmente equipamentos que consomem mais eletricidade. Chuveiros, geladeiras, ar-condicionado, máquinas de lavar roupa, TVs e computadores estão entre esses equipamentos recordistas de gasto de energia.

Para chuveiros, a dica é tentar reduzir o tempo de banho e procurar usar temperatura mais baixa para diminuir o gasto de eletricidade. Com a geladeira, o segredo é evitar é abrir a geladeira com frequência, já que esse costume aumenta a temperatura interna do refrigerador e faz com que o eletrodoméstico precise trabalhar com mais intensidade para baixar a temperatura.

O mesmo vale para o ar-condicionado: não use o ar com janela aberta e procure manter a temperatura num patamar acima do nível mínimo. Para TVs e computadores, é importante procurar usar os aparelhos de forma racional e desligar a TV quando ninguém está assistindo nada.

Confira, a seguir, mitos sobre economizar energia.

Na verdade, a quantidade de comida armazenada na geladeira tem pouco efeito no consumo de energia. Seu refrigerador gasta mais eletricidade quando precisa normalizar a temperatura interna e isso ocorre quando você abre a porta com frequência – causando fuga de ar frio e entrada de ar quente – ou quando adiciona itens com temperatura mais alta do que o termostato.

Nesses cenários, a temperatura interna da geladeira sobe e o sistema todo precisa gastar energia para circular fluído e derrubar a temperatura até o nível desejado. Mas quando o refrigerador está cheio de comida e tudo está em temperatura média estável, seguindo o termostato, o sistema não precisa ser acionado e agir, consumindo uma quantidade baixa de eletricidade apenas para manter a temperatura.

Esse é um ponto polêmico, mas a resposta é que nem sempre desligar o ar-condicionado é mais econômico do que deixá-lo ligado. Isso porque, se você vai sair para voltar logo, é mais racional manter o ar ligado. O motivo é simples, e lembra um pouco a questão em torno da geladeira: se você desliga o ar, ele para de controlar a temperatura do ambiente. Quando você volta e liga o aparelho de volta, ele terá de consumir uma quantidade maior de eletricidade para recuperar a temperatura desejada. Se você tivesse deixado o dispositivo operando, ele teria consumido menos eletricidade para simplesmente manter o ambiente na temperatura desejada.

Vale ressaltar, no entanto, que a ideia de deixar ligado vai fazer sentido se você for voltar logo. Se o período de ausência é longo, faz mais sentido desligar aparelhos que não precisam ficar ligados, como o ar-condicionado.

A instalação em 220 V pode até apresentar um consumo menor, mas a diferença é pequena demais para ser relevante. A voltagem da sua rede não tem impacto prático naquilo que é medido na hora da companhia emitir a conta de luz: quantos quilowatts-hora (kWh) você gastou ao longo do mês.

Os Watts são a unidade uma unidade de potência e no nosso cenário definem a quantidade de trabalho que uma quantidade de energia desempenha num determinado aparelho. Digamos que você tenha um chuveiro de 5.500 Watts em sua casa e o mantenha ligado por exatamente uma hora durante o mês. Ao fim do período, a companhia de energia vai cobrar 5,5 quilowatts-hora na sua fatura, independente da instalação ser ou não 220 V.

O carregador na tomada, mesmo sem uso e nenhum aparelho conectado a ele, vai consumir energia, mas a quantidade é baixa demais e não deve ter impacto significativo na sua fatura mensal. Além disso, tanto quanto mais recente for o carregador, mais eficiente ele será e menor será a margem de consumo fantasma nesses casos.

O que não quer dizer que é uma boa ideia deixar o acessório na tomada indefinidamente sem nenhuma utilidade. Deixar a fonte conectada à rede elétrica o tempo todo pode virar um risco de incêndio em casos de surtos na rede ou descargas de raios – risco que sobe muito se o carregador for pirata e não tiver sido homologado pela Anatel para uso no território nacional.

Investir na geração de energia solar é uma boa iniciativa, já que o suprimento é inesgotável e não polui. Mas é uma ilusão achar que, sozinhos, os painéis solares vão dar conta de sustentar o consumo mensal da sua residência a ponto de você não precisar pagar mais a conta de luz. Isso porque especialistas calculam que, em média, o investimento pode levar a uma economia de 90 a 95% no consumo de energia, embora você precise considerar que podem ocorrer variações sazonais em função do clima da sua região e perfis de uso.

Embora não esteja errado quem acredita que deixar tudo na tomada o tempo todo gera gasto na conta de luz, a verdade é que equipamentos atuais gastam pouca energia porque os modos standby desses equipamentos são projetados para gastar pouca energia. Um televisor deixado na tomada o mês inteiro irá gerar um custo bem baixo na sua fatura.

O único ponto de atenção aqui é a quantidade de equipamentos que você deixa no standby. Somando vários dispositivos, é possível que o gasto passe a ser um pouco mais perceptível. Mas, ainda assim, com equipamentos atuais, o consumo do standby não vai ser suficiente para sozinho assustar você no fim do mês.