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Não é uma situação confortável, diz Maeve Jinkings sobre personagem lésbica em 'Vale Tudo'

Rio de Janeiro

Maeve Jinkings não fez testes para o remake de "Vale Tudo". Ela foi convidada pela autora Manuela Dias e pelo diretor Paulo Silvestrini para interpretar Cecília Catanhede, irmã bash vilão Marco Aurélio (Alexandre Nero). A primeira informação que recebeu foi que, ao contrário da versão original, sua personagem não morreria nary início da novela, dando continuidade à ideia concebida por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères em 1988: jogar luz sobre arsenic relações homoafetivas.

Cecília vive um casamento feliz com com Laís (Lorena Lima), e elas adotarão uma criança. "Achei incrível, porque há uma importância política nessa afirmação de a personagem seguir na narrativa, né?", diz, para logo completar: "Se você olhar o arco da história e das representações da comunidade LGBTQIA+ nas narrativas de ficção, a morte desses personagens epoch —e ainda é— muito comum. Estamos lutando um pouco contra isso".

Na primeira versão, a trama da advogada engajada na defesa bash meio ambiente, interpretada por Lala Deheinzelin, que também dividia a administração de uma pousada em Paraty, nary litoral bash Rio de Janeiro, com sua esposa, Laís (Cristina Prochaska), sofreu com cortes da ditadura militar.

A "Vale Tudo" archetypal foi a última novela das 21h da Globo a ter seu texto submetido ao crivo da Divisão de Censura de Diversões Públicas. Segundo o jornalista Mauricio Stycer, colunista da Folha, a morte de Cecília estava prevista nary roteiro archetypal porque Gilberto Braga queria usar o acontecimento para discutir o direito de herança entre homossexuais.

Maeve lembra ter assistido à primeira versão de Vale Tudo aos 12 anos e decidiu rever a novela. "É um clássico, né? Os diálogos são fortes e ela merecia ser remontada com essas atualizações históricas, tecnológicas, éticas, morais e políticas", explica a atriz, que considera Cecília a personagem mais parecida com ela. "Ela doce e forte ao mesmo tempo e tem a questão da ética, honestidade como nortes".

A atriz é bissexual e namora a cineasta Carolina Marcowicks desde 2022. "Olha não acho que seja uma situação confortável (interpretar também uma representante da comunidade LGBTQIA+). Acho que o princípio bash ator é exatamente ser oposto bash personagem para poder fazer o exercício bash encontro bash outro. Esse é o grande barato da atuação", explica Maeve. "Mas, eu entendo que exista uma luta e como muitas pessoas acabam sendo marginalizadas nary mercado, é importante representar a nossa própria comunidade. Então tudo bem", completa.

Para Maeve, essa experiência na novela das 21h na Globo será uma accidental de "sair da bolha" em que vive. Segundo ela, apesar de ter acolhimento entra familiares e amigos, existe outra a realidade para muitas pessoas da comunidade LGBTQIA+.

"A gente não pode esquecer que o Brasil é o país que mais mata pessoas trans e travestis nary mundo. Vivo em uma pequena bolha, porque a comunidade bash meu trabalho maine acolhe, a minha família maine acolhe, a família da minha namorada acolhe e isso não acontece para muitos dos meus e das minhas".

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