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O governo do Irã afirmou também que o ataque foi uma retaliação ao assassinato dos chefes do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e do Hamas, Ismail Haniyeh, e à invasão do Exército israelense ao Líbano, na segunda-feira (31). Teerã disse que vai retaliar qualquer novo ataque israelense.
A maior parte dos mísseis lançados nesta terça atingiu Tel Aviv, onde uma série de explosões foi registrada. A população teve de se abrigar em bunkers e abrigos por mais de uma hora, e o espaço aéreo chegou a ficar totalmente fechado, mas foi reaberto após o ataque. (Leia mais sobre o bombardeio abaixo)
O governo de Israel prometeu uma resposta ao ataque iraniano. O porta-voz do Exército israelense, Daniel Hagari, disse que o ataque foi "sério" e que "haverá consequências". Segundo o órgão, a força aérea de Israel vai continuar realizando "ataques poderosos" em todo o Oriente Médio na noite desta terça.
O Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, afirmou que o país fez uma ação coordenada para auxiliar as forças de defesa de Israel. O departamento de Estado dos EUA reafirmou o direito de Israel se defender e disse que coordenará resposta ao ataque junto com os israelenses.
Antes do ataque, os Estados Unidos alertaram o Irã para "severas consequências". Segundo o Pentágono, o ataque de mísseis desta terça foi cerca de "o dobro da dimensão" do ataque iraniano a Israel em abril.
Mísseis em Tel Aviv — Foto: Reuters
Em apenas 12 minutos, os mísseis iranianos lançados contra Israel atravessaram os céus de pelo menos dois outros países do Oriente Médio e chegaram em território israelense por volta das 18h30 no horário local (13h30 pelo horário de Brasília).
A imprensa iraniana afirmou que a Universidade de Tel Aviv foi atingida.
A agência de notícias estatal iraniana Irna afirmou que alguns mísseis atingiram também atingiram locais controlados por Israel na Cisjordânia. Além de Israel, Jordânia e Iraque também fecharam seus espaços aéreos, posteriormente reabertos.
Teerã disse ainda que, após o envio de mísseis, o líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei — autoridade máxima do Irã — foi colocado em um local protegido e a salvo.
Após a ofensiva iraniana, o presidente dos EUA, Joe Biden, ordenou que os militares dos Estados Unidos ajudem na defesa de Israel, disse o Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.
Irã lança mísseis contra Israel; veja imagens registradas por cidadãos e postadas em redes
Veja onde fica o Líbano — Foto: Arte/g1
Nos últimos meses, Israel e Hezbollah viveram um aumento nas tensões. Um comandante do grupo extremista foi morto em um ataque israelense no Líbano, em julho. No mês seguinte, o grupo preparou uma resposta em larga escala contra Israel, que acabou sendo repelida.
Mais recentemente, líderes israelenses emitiram uma série de avisos sobre o aumento de operações contra o Hezbollah. O gatilho para uma virada no conflito veio após os seguintes pontos:
- Nos dias 17 e 18 de setembro, centenas de pagers e walkie-talkies usados pelo Hezbollah explodiram em uma ação militar coordenada.
- A imprensa norte-americana afirmou que os Estados Unidos foram avisados por Israel de que uma operação do tipo seria realizada. Entretanto, o governo israelense não assumiu a autoria.
- Após as explosões, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse que estava começando "uma nova fase na guerra".
- Enquanto isso, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu que levará de volta para casa os moradores do norte do país, na região de fronteira, que precisaram deixar a área por causa dos bombardeios do Hezbollah.
- Segundo o governo, esse retorno de moradores ao norte do país só seria possível por meio de uma ação militar.
- Em 23 de setembro, Israel bombardeou diversas áreas do Líbano. Cerca de 500 pessoas morreram e centenas ficaram feridas. O dia foi o mais sangrento desde a guerra de 2006.
- Em 27 de setembro, Israel matou o chefe do Hezbollah por meio de um bombardeio em Beirute.
- Em 31 de outubro, as Forças de Defesa de Israel anunciaram que militares estavam se preparando para uma possível operação terrestre no Líbano. Bombardeios aéreos executados pelos israelenses seriam indícios de uma preparação de terreno.
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