Diante da multidão que foi à porta do Parlamento da Coreia do Sul logo após o presidente anunciar uma polêmica lei marcial no país, uma cena chamou a atenção. Uma mulher, indignada porque um dos militares enviados ao local para fazer valer a lei recém-anunciada, colocou a mão sobre o fuzil de um dos militares, gritou com ele e empurrou o soldado, que então recuou.
A cena foi registrada por parte da imprensa que acompanhava as horas de tensão entre o anúncio da lei marcial e sua derrubada por parlamentares em votação emergencial, e a mulher tornou-se, instantaneamente, um símbolo do momento histórico na Coreia do Sul.
Nesta quinta-feira (5), a manifestante, identificada como Ahn Gwi-ryeong, falou com a agência de notícias Reuters e disse não ter feito nada demais.
Ahn é uma jornalista de 35 anos que trabalha com porta-voz do Partido Democrata, a sigla de oposição que vem enfrentando o governo de Yoon Suk Yeol, o presidente que anunciou a lei marcial e que, agora, virou alvo de impeachment.
À Reuters, ela disse não se achar corajosa.
O vídeo dela confrontando o soldado se tornou viral nas redes sociais e foi visto mais de 1,2 milhão de vezes até a quinta-feira só no YouTube. "Solte! Você não se sente envergonhado?", disse Ahn ao soldado, na cena registrada pela imprensa.
Questionada se sabia que isso ganharia tanta atenção, Ahn disse que não fez nada demais e que "houve muitas pessoas mais corajosas".
A jornalista sul-coreana An Gwi-ryeong, porta-voz do Partido Democrata, durante entrevista à agência de notícias Reuters, em 5 de dezembro de 2024. — Foto: Kim Hong-Ji/ Reuters
Enquanto os legisladores se reuniam na terça-feira para votar uma medida barrando a lei marcial, seus assessores bloquearam as entradas com móveis, formaram paredes humanas e borrifaram extintores de incêndio nas tropas.
Em apenas duas horas e meia após o presidente declarar lei marcial, 190 legisladores foram até o parlamento e votaram unanimemente para bloqueá-la.
O comandante das tropas da lei marcial disse na quinta-feira que não tinha intenção de empunhar armas de fogo contra o público. O vice-ministro da defesa do país afirmou que nenhuma munição real foi fornecida às tropas.
Os legisladores da oposição sul-coreana planejam votar neste fim de semana para impeachment do presidente.

Apoiadores do partido de oposição da Coreia do Sul se reúnem em frente ao Parlamento

Presidente da Coreia do Sul decreta lei marcial; entenda o termo

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11 meses atrás
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