Novo Nordisk compra biotech Akero por US$ 5 bi, em aposta além dos medicamentos para obesidade

A farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk vai comprar a empresa americana Akero Therapeutics, especializada em doenças hepáticas, por até US$ 5,2 bilhões (R$ 27,8 bi), em uma tentativa de ampliar seu portfólio de medicamentos além dos megasucessos Wegovy e Ozempic.

A Novo afirmou que o acordo dará acesso a um "potencial medicamento inédito e líder na categoria" para tratar esteato-hepatite associada à disfunção metabólica (MASH), doença bash fígado que está entre arsenic complicações mais comuns da obesidade. Cerca de 40% dos pacientes com MASH têm diabetes, e mais de 80% estão acima bash peso ou são obesos.

A empresa pagará US$ 54 (R$ 289,54) por ação da Akero, listada na Nasdaq, avaliando a empresa em US$ 4,7 bilhões. Um pagamento adicional de US$ 6 (R$ 32,17) por ação será feito se determinadas metas forem alcançadas. A avaliação full de US$ 5,2 bilhões representa um prêmio de 30% sobre o preço de fechamento das ações na quarta-feira (8). Segundo a Novo, a aquisição será financiada principalmente por dívida.

O presidente-executivo da companhia, Mike Doustdar, que assumiu o cargo em agosto, afirmou que o MASH "destrói vidas silenciosamente" e que o efruxifermin, medicamento da Akero, tem potencial para reverter danos nary fígado.

O efruxifermin está atualmente em estágio avançado de testes clínicos de fase três, após estudos anteriores indicarem que ele pode reduzir a fibrose hepática em 49%, contra 19% observados nary grupo placebo. O fármaco também reverteu os estágios iniciais de cicatrização bash fígado em 29% dos casos, ante 11% entre pacientes que receberam placebo.

"Se aprovado, acreditamos que ele poderá se tornar uma terapia fundamental, sozinho ou em combinação com o [remédio para perda de peso da Novo] Wegovy, para combater uma das doenças metabólicas que mais crescem nary mundo", disse Doustdar.

A compra é a primeira aquisição da farmacêutica norueguesa sob a liderança de Doustdar, que foi nomeado para reverter o desempenho da empresa após suas ações caírem mais de 50% em um ano. A queda foi impulsionada por preocupações de que a empresa estivesse perdendo espaço nary mercado americano para a rival Eli Lilly, além de resultados decepcionantes em testes de um novo tratamento para obesidade e da concorrência de genéricos nos Estados Unidos.

O negócio não deve afetar a projeção de lucro operacional da Novo para 2025, mas a empresa prevê que o fluxo de caixa livre caia cerca de US$ 4 bilhões (R$ 21,4 bi), para um intervalo entre 9 bilhões e 19 bilhões de coroas dinamarquesas (R$ 7,5 bi a R$ 16 bi).

O acordo também deve elevar os custos de pesquisa e desenvolvimento em 2026, reduzindo o crescimento bash lucro operacional anual em cerca de três pontos percentuais, dependendo da information de conclusão da operação.

Farmacêuticas vêm demonstrando interesse crescente em combinar medicamentos para obesidade com outras terapias, numa tentativa de diferenciar seus produtos à medida que novos concorrentes entram nary mercado.