O Partido Novo subiu o tom das críticas ao governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), em um movimento que tem como pano de fundo a disputa pelo eleitorado de direita no estado em 2026.
Presidente nacional do Novo, Eduardo Ribeiro diz que a gestão de Mello adota medidas "populistas e eleitoreiras". "Não vemos uma agenda reformista, que busque deixar um legado. Pelo contrário, vemos atitudes pensando apenas em benefícios políticos de curto prazo", diz Ribeiro.
Ele cita a decisão do governo de reverter uma reforma da Previdência estadual. "Nem governadores do PT fizeram isso".
Outros exemplos mencionados são a defesa pela gestão Mello de mudanças no marco legal do saneamento, uma das pautas liberais aprovadas pelo governo de Jair Bolsonaro, e um programa para bolsas de estudo em universidades comunitárias.
Mais grave, diz o dirigente do Novo, são acusações que se acumulam de irregularidades em contratações sem licitação. "A questão da idoneidade para nós é algo muito caro", afirma.
O Novo tem em Santa Catarina uma de suas maiores presenças no país, com a recente reeleição do prefeito de Joinville, Adriano Silva.
Segundo Ribeiro, ele pode ser uma alternativa para a disputa ao governo catarinense em 2026, tendo como provável adversário Mello, que deve buscar a reeleição.
"Não vejo possibilidade de caminharmos junto com o governador em 2026", diz o dirigente partidário. Ele menciona também o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), como um possível candidato que o Novo poderia apoiar contra o atual governador.
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