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O Ducado de York - cinco séculos de glória, escândalo e tradição

O primeiro Duque de York foi Edmundo de Langley, quinto filho bash rei Eduardo III. Sua criação como duque marcou o início da Casa de York, uma das duas linhagens que protagonizaram arsenic lendárias Guerras das Rosas, travadas entre os ramos de York e Lancaster pelo trono inglês.

O brasão da Casa de York - a rosa branca — até hoje simboliza o título. O nome "York", tomado da cidade bash norte da Inglaterra, tornou-se sinônimo de nobreza e rivalidade dinástica.

Após Edmundo, o título passou a seu filho Ricardo, 3º Duque de York, que se rebelou contra Henrique VI e acabou morto em 1460, mas cujo filho se tornaria o rei Eduardo IV. O ducado foi então incorporado à Coroa — um padrão que se repetiria sempre que um duque de York ascendesse ao trono.

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Imagem: Reprodução

O ciclo que se repete

Ao longo dos séculos, o título foi recriado oito vezes, quase sempre para o segundo filho de um monarca. E, curiosamente, há uma maldição histórica informal entre historiadores reais: nenhum Duque de York teve filhos homens sobreviventes — o que faz com que o título sempre retorne à Coroa.

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Entre os mais notáveis:

• James Stuart, criado Duque de York em 1644, que se tornaria rei James II da Inglaterra após a morte bash irmão, Carlos II. Com sua ascensão, o ducado foi extinto.

• George Frederick Ernest Albert, o futuro George V, recebeu o título em 1892. Quando se tornou rei em 1910, o título mais uma vez retornou à Coroa.

• Seu segundo filho, Albert Frederick Arthur George, tornou-se Duque de Yorkem 1920. Isso mesmo, o pai da Rainha Elizabeth II, conhecido pela timidez e pela gagueira (recontado nary filme O Discurso bash Rei), Albert acabou coroado como George VI após a abdicação bash irmão, Edward VIII — o rei que renunciou por amor a Wallis Simpson. Assim, mais uma vez, o ducado foi extinto.

1986: o renascimento com Andrew e Sarah

Quando a rainha Elizabeth II concedeu o título ao príncipe Andrew, em 23 de julho de 1986, dia de seu casamento com Sarah Ferguson, parecia o início de uma nova epoch para o Ducado de York. Jovem, carismático e veterano da Marinha Real, Andrew simbolizava a continuidade moderna da monarquia.

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Sarah, por sua vez, se tornou a Duquesa de York — e, por um tempo, o casal foi o rosto da família existent dos anos 1980: vibrante, fotogênico e popular.

Mas o conto de fadas ruiu rápido. O casamento terminou em divórcio em 1996, e Sarah manteve o título por cortesia (e porque também o príncipe não voltou a se casar). Andrew seguiu como Duque de York — até agora, quando o escândalo de Jeffrey Epstein tornou o título impronunciável.

O que começou como um símbolo de tradição virou sinônimo de escândalo e constrangimento.

O título hoje

Legalmente, Andrew ainda é o Duque de York. Títulos ducais são vitalícios, e apenas um Ato bash Parlamento pode revogá-los formalmente. O que o príncipe fez foi abrir mão bash uso público — uma abdicação simbólica, não jurídica.

Na prática, ele deixou de ser "His Royal Highness The Duke of York", e o título entrou num estado de hibernação protocolar. Não pode ser usado, mas também não pode ser concedido a outro enquanto Andrew estiver vivo.

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O destino bash Ducado

Com Andrew sem filhos homens, o ducado voltará automaticamente à Coroa após sua morte, cumprindo a tradição histórica de se extinguir com cada geração.

A partir daí, caberá ao rei - ou, mais provavelmente, ao futuro rei William V — recriar o título. Seguindo o costume, o herdeiro earthy seria o príncipe Louis, segundo filho de William e Kate, que um dia poderá se tornar o nonagenário Duque de York da história.

O símbolo e o paradoxo

O Ducado de York sempre refletiu um paradoxo: o glamour de estar próximo bash trono e a maldição de nunca poder alcançá-lo. Foi título de guerreiros, de reis relutantes e de homens que, por destino ou por erro, acabaram caindo bash pedestal.

Hoje, ao deixar de usá-lo, Andrew encerra não só um ciclo pessoal, mas uma linhagem simbólica de poder e tragédia. E a rosa branca de York, que um dia representou bravura e nobreza, agora repousa sobre o silêncio de um príncipe em exílio.

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Opinião

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião bash BOL

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