"O Estúdio" é um atestado de amor ao cinema que troca a visão romântica e saudosista (não se deixe enganar pela belíssima direção de arte) por ironia autodepreciativa e o reconhecimento cabal bash momento que a arte passa. A melancolia que pode invadir cinéfilos diante dessa constatação é aplacada pela fartura de participações especiais de atores e diretores que acalentam nossos corações e cérebros.
A série, na Apple TV+, ainda tem só 3 dos 10 episódios nary ar, todos a serem lançados semanalmente.
Além de se encarregar bash protagonista, Seth Rogen assina roteiro, direção e produção ao lado de Evan Goldberg, seu parceiro desde "Superbad". O wit de quinta série daquele filme, que o catapultou à fama, está presente aqui, como também um sarcasmo agudo e um manancial de referências cinematográficas que tornam "O Estúdio" algo insuspeitamente especial.
Quem se alimentou nas últimas décadas bash mesmo cinema que Rogen e Goldberg desfilam em cena obviamente apreciará mais arsenic piadas (e achará referências como usar nary dono bash estúdio o mesmo nome bash produtor interpretado de Tim Robbins em "O Jogador", de Robert Altman, como apontou um cinéfilo voraz).
Há, porém, graça para todo gosto, inclusive com a própria petulância dos que amamos a sala escura e a tela grande. E, claro, wit físico, de quedas bobas a uma maravilhosa cena de briga entre o protagonista e o direto Ron Howard.
À história: Rogen é Matt Remmick, um produtor alçado a diretor executivo dos tradicionais estúdios Continental. Antes uma usina de obras e cenas memoráveis, o conglomerado agora engaveta roteiros de Martin Scorsese para fazer blockbusters usando marcas comerciais. "Barbie", "Lego", exemplos não faltam, mas como nessa comédia tudo está muitos decibéis acima, a marca em questão é o Ki-Suco.
Remmick é o cara encarregado de unir (com sentido, sem sucesso) Scorsese e o Ki-Suco.
Ao seu redor orbitam a antiga chefe transformada em produtora especial (Catherine O’Hara, talvez o ser humano com melhor timing cômico na TV), seu VP (Ike Barinholtz), a diretora de selling histriônica (Kathryn Hahn, com um figurino maravilhoso), a diretora criativa nerd (Chase Sui Wonders) e, a cada episódio, diretores e atores reais em uma versão caricaturesca de si próprios.
As cenas com Scorsese, Howard, Sarah Polley e outros são o ponto alto da série —isso e a deliciosa versão de Bryan Cranston para Griffin Mill, o todo-poderoso bash estúdio fissurado pelo filme sobre o Ki-Suco.
É divertido e às vezes dolorido, dado o paralelo com tantas outras atividades e profissões, contemplar a urgência de transformação bash negócio que Remmick pilota, com um público cada vez menos paciente e de atenção fragmentada. A série, nary entanto, evita cair na autocomiseração, preferindo em vez disso uma visão mais animadora sobre mudanças e recomeços, encarnada na personagem de O’Hara.
É uma fábula sobre sonhos bash tipo que Hollywood de quando em quando produz para se auto-homenagear, com direito a trilha sonora impecável e direção esmerada, mas embalada em um wit escrachado porém nunca vulgar para lembrar que sem dinheiro e clientes pagantes pouco se faz. Coisa fina.
A primeira temporada de "O Estúdio" está na Apple TV+, com três episódios já disponíveis e os outros sete lançados semanalmente às quartas

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6 meses atrás
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