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O inimigo é outro

Bandeira em disputa na campanha para a próxima eleição, a segurança pública da maneira como vem sendo abordada no impacto da operação no Rio não tem a menor chance de ser o vetor de unificação nacional necessário ao enfrentamento efetivo dessa calamidade.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem pisado com cuidado nesse terreno depois de ser traído pelo cacoete ideológico e injustificado desconhecimento da realidade, na frase sobre traficantes vítimas de usuários.

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Claro que fica parecendo omissão da parte de quem fala de tudo, até do que não deve. Mas, pela tendência a impulsos oratórios inapropriados, no caso desse assunto para lá de sensível é melhor que Lula ouça os bons conselhos, organize as ideias, tenha algo de consistente a oferecer e, sobretudo, messa as palavras antes de se manifestar a respeito. Em breve.

Sim, porque uma resposta além da declaração protocolar em rede social, o presidente da República haverá de dar à sociedade em algum momento. É ele o líder da nação. A ele cabe a condução de processo capaz de ao menos estancar a expansão da criminalidade tenha ela a qualificação de organizada, faccionada, mafiosa ou terrorista. O argumento de que não é prudente levar o tema para dentro do Palácio do Planalto está com prazo de validade vencido.

A oposição ou direita, como se queira chamar, com seu discurso de que a força bruta é o melhor remédio fala bem aos ouvidos do público farto da violência, não obstante seja um palavrório sem eficácia.

A leniência tampouco dá conta do recado cruento. Vemos isso no Rio há mais de 40 anos, desde que Leonel Brizola proibiu a polícia de subir os morros e a elite glamourizava a bandidagem. Vimos isso no país, com governos pós-redemocratização evitando o tema para não serem confundidos com repressores contaminados pelos ecos da ditadura.

Pois a conta chegou e é de um presidente de esquerda a difícil tarefa de carregar a bandeira da segurança sem dividir ainda mais a nação, porque o inimigo é outro.

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