O ataque israelense foi "preciso" contra alvos militares do Irã. Explosões foram ouvidas na capital, Teerã, e em outras cidades do território iraniano. Os bombardeios causaram "danos limitados" e mataram quatro soldados, segundo o governo iraniano. (Leia mais sobre o ataque abaixo)
Veja abaixo o que disseram as principais autoridades de Israel e Irã após o ataque da última sexta-feira:
Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu
Após o ataque, o premiê israelense Benjamin Netanyahu disse que o ataque foi "preciso e poderoso" e que alcançou todos os seus objetivos.
Primeiro-ministro Benjamin Netanyahu aparece reunido com militares enquanto Israel ataca o Irã, em 26 de outubro de 2024 — Foto: Governo de Israel
Líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei
O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, chamou o ataque israelense de "um erro" e afirmou que os militares iranianos devem determinar a melhor forma de demonstrar o poder iraniano a Israel.
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), Daniel Hagari, disse que o ataque ao território do Irã foi uma "resposta a meses de agressões contínuas" que o regime iraniano e seus aliados têm realizado contra o Estado de Israel.
Explosão é vista em Teerã após ataque de Israel no Irã
Ministério das Relações Exteriores do Irã
Presidente do Irã, Masoud Pezeshkian
Sistema de defesa aérea do Irã em funcionamento durante ataques de Israel
Israel lançou três ondas de ataques aéreos contra o Irã na madrugada de sábado (26), pelo horário local — noite de sexta-feira (25), no Brasil. Várias explosões foram ouvidas na capital, Teerã.
As Forças de Defesa de Israel afirmaram que conduziram um "ataque preciso e direcionado" contra alvos militares. Segundos os israelenses, aeronaves da força aérea atingiram instalações de fábricas de mísseis utilizados pelo Irã contra o Estado de Israel ao longo do último ano.
De acordo com a imprensa norte-americana, Israel evitou atacar estruturas nucleares e petrolíferas do Irã. Oficiais dos EUA e de Israel afirmaram que a segunda e a terceira ondas se concentraram em bases de mísseis e locais de produção de drones.
Os militares do Irã disseram que os ataques de Israel contra eles visaram bases militares nas províncias de Ilam, Khuzestan e Teerã, e causaram "danos limitados", mas quatro soldados morreram. Diversas autoridades do Irã prometeram resposta "proporcional e definitiva" à agressão mais recente de Israel.
A Casa Branca disse que foi avisada sobre a ação israelense pouco antes de ela ser lançada. Segundo a agência de notícias Reuters, ocorreu uma conversa entre os secretários de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, e o de Israel, Yoav Gallant, após os ataques. A fonte da agência não informou detalhes da conversa nem quanto tempo durou a ligação.
Israel detalha ataque contra o Irã
No dia 1º de outubro, mísseis lançados pelo Irã cruzaram os céus de cidades israelenses importantes, como Tel Aviv e Jerusalém. Boa parte do ataque foi interceptada pelos sistemas de defesa de Israel.
O Irã responsabilizou Israel pela morte de Haniyeh e disse que a operação representava uma violação da soberania do país.
No fim de setembro, o Irã voltou a prometer uma resposta a Israel pelas mortes de Hassan Nasrallah, chefe do grupo extremista Hezbollah, e Abbas Nilforoushan, membro da cúpula da Guarda Revolucionária do Irã. Ambos foram mortos em bombardeios israelenses em Beirute, no Líbano.
Após o ataque iraniano, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, classificou a ação iraniana como um "grande erro" e afirmou que o Irã irá "pagar" pelo ataque.
O governo de Israel informou que duas pessoas ficaram feridas sem gravidade durante o ataque iraniano e que não houve registro de prédios ou residências atingidos.
O governo do Irã garantiu que qualquer contra-ataque de Israel resultaria em uma resposta "subsequente e esmagadora", além de uma "grande destruição" para infraestruturas israelenses. Além disso, o aiatolá Ali Khamenei — autoridade máxima do Irã — foi colocado em um local protegido.
Irã voltou a atacar Israel pela segunda vez este ano. Foto mostra mísseis sendo interceptados no céu da cidade de Ashkelon, em Israel. — Foto: Reuters via BBC
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