Óculos Ray-Ban Meta são proibidos em cruzeiros; entenda

Segundo o site Smart World, a empresa de turismo quer garantir que seus passageiros embarquem sem medo de serem filmados secretamente ou expostos na internet. A preocupação se deve à própria característica dos óculos do tipo Ray-Ban Meta, que se assemelham a óculos de sol comuns, mas escondem um sistema que inclui câmera, microfone e recursos de transmissão.

A página oficial de políticas da MSC Cruzeiros indica, em tradução livre, que “dispositivos capazes de gravar ou transmitir dados de forma oculta ou discreta não são permitidos nas áreas públicas dos navios”. Entende-se como “área pública” lugares como piscina, restaurante, lounge, shopping e outros ambientes compartilhados. Caso seja encontrado, um membro da tripulação poderá confiscar e devolver no fim da viagem.

Outro item eletrônico com restrição de uso nos navios da MSC são os drones. O passageiro pode até trazer o dispositivo a bordo e guardá-lo em sua cabine, mas não pode usá-lo em nenhuma área da embarcação. No caso do desembarque, o uso será permitido desde que as regras do país ou cidade permitam — mas cabe ao usuário saber as políticas locais, pois a empresa não se responsabilizará por qualquer problema com as autoridades.

Os óculos Ray-Ban Meta — a dona do Facebook, do Instagram e de outros apps — têm câmera ultrawide de 12 megapixels (MP) e um conjunto com cinco microfones para captar a voz da melhor forma possível, com o mínimo de interferência. Segundo a divulgação oficial, o dispositivo é capaz de gravar vídeos em 3K a até 30 quadros por segundo (fps) e registrar fotos com resolução de até 3.024 x 4.032 pixels.

A ficha técnica do aparelho também inclui alto-falantes próximos aos ouvidos e armazenamento interno de 32 GB, justamente para salvar o conteúdo de viagens e passeios. O modelo ainda tem Wi-Fi 6, Bluetooth 5.3, proteção IPX4 e bateria que pode durar até 8 horas com uma carga completa.