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Operação Poço de Lobato identificou 50 fundos de investimento de fachada

Fundos ilegais eram utilizados para lavar e ocultar dinheiro no exterior. O superintendente-adjunto da Receita Federal em São Paulo, Cláudio Ferrer de Souza, revelou que os fundos eram utilizados para enviar os recursos ilegais a off-shores. "Nós temos indícios que uma boa parte desses bilhões que vão para o exterior voltam para blindar o patrimônio da organização criminosa."

Um prédio de R$ 50 milhões foi adquirido justamente como patrimônio pessoal desses beneficiários finais do esquema criminoso.
Cláudio Ferrer, superintendente-adjunto da Receita de SP

Ferramentas para sonegação não eram utilizadas como forma de investimento. Os investigadores destacam que os fundos funcionam como "empresas de fachadas", com apenas um cotista e o objetivo de facilitar a blindagem patrimonial e ocultação do beneficiário final. "A gente tem que se perguntar por que é permitido estrutura de fundos de investimento que não tem nada de investimento", questiona Ferrer. "A princípio, não há contaminação para investidores, é claramente instrumento de blindagem", complementa ele.

Entenda o caso

Megaoperação Poço de Lobato mirou o Grupo Fit. O conglomerado liderado pelo empresário Ricardo Magro foi alvo da ação que apura fraude no recolhimento de impostos. O grupo dono da antiga refinaria de Manguinhos é apontado pela Receita Federal como um dos maiores devedores da União.

Ação contou com a cooperação de diversos órgãos públicos. A operação foi realizada pelo Cira-SP (Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos de São Paulo), formado pelo Ministério Público paulista, pela Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo e pela Procuradoria-Geral paulista, em atuação integrada com a Receita Federal do Brasil.

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