1 hora atrás 3

Orçamento, arrecadação e Pesquisa Firmus movimentam mercado nesta segunda

Congresso aprova orçamento de 2026 com superávit de R$ 34,5 bilhões

  • O Congresso Nacional aprovou na sexta (19) o Orçamento de 2026, prevendo o primeiro superávit primário desde o início do governo Lula: R$ 34,5 bilhões, ou 0,25% do PIB. O número indica que a arrecadação superará os gastos antes do pagamento de juros da dívida pública.
  • O superávit, porém, só é alcançado com a exclusão de cerca de R$ 55 bilhões em precatórios da meta fiscal, medida validada pelo STF. Sem esse ajuste contábil, as contas ficariam no vermelho.
  • O texto reserva R$ 61,4 bilhões para emendas parlamentares e mais R$ 5 bilhões para o Fundo Eleitoral, valores recordes que devem pressionar os gastos públicos no primeiro semestre, às vésperas da eleição.
  • Para cumprir o teto do Arcabouço Fiscal, o relator cortou recursos de programas como Pé-de-Meia e Auxílio Gás, além de remanejar verbas da Previdência Social. A medida expõe a dificuldade do governo em promover ajustes estruturais.
  • O Orçamento segue agora para sanção presidencial. O mercado acompanha a possibilidade de vetos de Lula.

Receita Federal divulga arrecadação de novembro

  • A Receita Federal publica às 10h30 os dados de arrecadação federal de novembro. O indicador mede quanto dinheiro entrou nos cofres públicos no mês e é usado pelo mercado para avaliar a saúde fiscal do governo.
  • Em novembro de 2024, a arrecadação foi de R$ 209,2 bilhões. Para ser considerado positivo, o resultado de hoje precisa superar esse valor acima da inflação. O governo vem de um outubro forte, com R$ 261,9 bilhões arrecadados, um recorde mensal.
  • O mercado fica atento à composição da receita. Se o crescimento vier de atividade econômica real, isso sinaliza capacidade de o governo cumprir suas metas fiscais sem depender de medidas pontuais. Arrecadação sólida tende a aliviar pressão sobre os juros futuros e dar suporte ao câmbio.

Banco Central divulga Pesquisa Firmus do quarto trimestre

  • O Banco Central divulga hoje a Pesquisa Firmus referente ao quarto trimestre, que coleta expectativas de centenas de empresas de setores como indústria, comércio e serviços sobre inflação, PIB e cenário de negócios. Diferente do Boletim Focus, que ouve bancos e gestoras, a Firmus funciona como termômetro de como a política monetária está impactando quem produz e vende.
  • No último levantamento, referente ao terceiro trimestre, as empresas projetavam crescimento do PIB de 2,1% para 2025 e 1,9% para 2026. Para a inflação, a expectativa era de 5,0% no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em 2025, acima das projeções do mercado financeiro à época.
  • O dado desta quarta será observado especialmente pela intenção das empresas de repassar custos para os preços finais. Se a Firmus indicar planos de aumento de preços nos próximos meses, isso sinaliza pressão inflacionária persistente, o que pode influenciar a decisão do Copom sobre a taxa Selic.
  • A Firmus saiu recentemente da fase piloto e ganhou status de produto oficial do BC. O mercado tem dado peso crescente à pesquisa porque ela revela se o aperto monetário está impactando o caixa das empresas e se isso está desacelerando contratações e investimentos.
Leia o artigo inteiro

Do Twitter

Comentários

Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro