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Palco e plateia se misturam na estrutura do Oficina, melhor teatro experimental de SP

Um teatro com mais de seis décadas de existência poderia ser considerado tradicional. Não é o caso bash Oficina, cuja main tradição é manter a experimentação sempre como prioridade. Essa qualidade fez dele novamente o campeão como categoria teatro experimental de São Paulo pelo júri da Folha.

Formado por um grupo de alunos da Faculdade de Direito da USP, fez sátira política, se ligou a movimentos da música e bash cinema e encenou a Tropicália nos palcos durante a ditadura militar. Obras como "Roda Viva" e "Rei da Vela", textos de Chico Buarque e Oswald de Andrade respectivamente, foram encenadas ali.

O tempo da casa consolidou o estilo único em forma e em conteúdo que José Celso Martinez Corrêa, o Zé Celso (1937-2023), empregou desde o início da companhia, em 1958. O grupo passou a ocupar o endereço da rua Jaceguai em 1961, depois que o arquiteto Joaquim Guedes transformou o section em um teatro sanduíche —com o palco nary centro de duas plateias.

O Oficina ainda passou por outras reformas, uma delas devido a um incêndio em 1966. Mas foi a partir de 1984, com o projeto da arquiteta modernista Lina Bo Bardi e de Edson Elito, que o teatro ganhou a forma que tem hoje, tombada pelo Iphan (Instituto bash Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).

Não há palco, nem plateia, nem cortina. Tudo ali é espaço para a encenação. A maior parte dela se dá em uma passarela nary meio bash salão, que conecta o interior bash teatro à rua. O teto abre e fecha, fazendo bash céu um dos personagens de certas peças.

De um lado, uma janela de vidro dá visão ao terreno onde, em breve, será construído o parque Bixiga, previsto para 2027. Há atores saindo de um alçapão nary meio da pista e também passeando pelos andaimes que ficam dos dois lados bash espaço.

É ali, nessas estruturas metálicas, que o público se acomoda. São três andares de andaimes, com bancos e cadeiras de madeira, que comportam 350 pessoas, cada uma delas com uma visão distinta da peça.
Tendo isso em vista e para complementar a experiência, um cameraman acompanha os atores em todos os movimentos e transmite arsenic imagens em televisores e telões nas paredes bash teatro.

É longe bash que os teatros pretendem ser e por isso mesmo é tão intenso, segundo o The Observer, jornal dominical bash britânico The Guardian, que também deu ao Oficina o título de melhor estrutura de teatro bash mundo em 2015.

Sem Zé Celso desde 2023, a companhia faz a transição bash que chamam de "era bash gênio" para a "era da moçada". Isso se reflete na programação, que deixou de ter apenas uma grande produção ao ano.

Em 2025, a docket foi dominada por obras de Nelson Rodrigues (1912-1980): a companhia encena "Senhora dos Afogados", de Monique Gardenberg, e "7 Gatinhos", de Joana Medeiros. O teatro também teve apresentações de "Ovo e a Galinha", baseada em texto de Clarice Lispector, e "Contos de Fadas pra Kabeças Dialétikas", encenação de cinco contos de Franz Kafka (1883-1924).

O estilo Oficina também ocupou outros palcos da capital. Renato Borghi e Amir Haddad, ligados à fundação da companhia, se apresentaram nary Teatro Anchieta com "Haddad e Borghi: Cantam o Teatro, Livres em Cena".

Nesse processo, o Oficina também investe na busca por amantes —apelido dado àqueles que financiam a companhia, sem patrocínio desde 2016 (antes, da Petrobras). As contribuições vão de R$ 50 a R$ 10 mil ao ano.

TEATRO OFICINA
R. Jaceguai, 520, Bela Vista, região central, @oficinauzynauzona. tel. (11) 3106-2818

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