Um ato em comemoração à prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tomou a calçada e parte da pista da avenida Paulista, nas proximidades do Masp (Museu de Arte de São Paulo) na tarde deste domingo (23).
O evento convocado na véspera por organizações de esquerda começou tímido, também prejudicado porque a avenida ficou excepcionalmente aberta para carros devido à realização de provas da Fuvest, nesta mesma data.
Ganhando adesão de pedestres atraídos pelo formato da manifestação, uma roda de samba, o ato provocava redução da velocidade dos carros e alguns motoristas buscavam desvios para ruas paralelas. No centro do grupo havia um boneco inflável gigante de Bolsonaro caracterizado como presidiário.
No lado oposto da avenida, um ato contra o governo Lula, organizado por integrantes do partido Novo, também tinha um bonecão inflável, mas do petista com o traje listrado. Os manifestantes de direita se dizem contra a forma como ocorreu a prisão de Bolsonaro, mas afirmam que o ato não foi motivado por isso e que já estava previsto.
A Polícia Federal prendeu de forma preventiva Bolsonaro na manhã deste sábado (22), em Brasília, na reta final do processo da trama golpista no STF (Supremo Tribunal Federal).
Presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), Bianca Borges, 26, disse que a entidade que ela dirige é a responsável pela convocação da mobilização da esquerda. Filiada ao PC do B, afirmou que a prisão materializa o desfecho da tentativa frustrada de golpe dos bolsonaristas.
No protesto da direita, a organizadora que se apresentou como pré-candidata a deputada estadual pelo Novo, Catharina Donato, 34, afirma discordar da prisão do ex-presidente por considerar que houve parcialidade na decisão do Supremo. Ela também afirma que Lula não deveria ter sido eleito após escândalos de corrupção como mensalão e petrolão.
Bolsonaro estava em prisão domiciliar desde 4 de agosto. Em sua decisão pela prisão preventiva em regime fechado, o ministro Alexandre de Moraes apontou tentativa de violação da tornozeleira eletrônica, reportada pelo monitoramento do Distrito Federal, e risco de fuga para a embaixada dos Estados Unidos, agravado por uma vigília a ser realizada na noite deste sábado perto de sua residência. Em vídeo, Bolsonaro admitiu a uma agente distrital que aplicou ferro quente na tornozeleira.
"Usei ferro quente, ferro quente aí… curiosidade", disse o ex-presidente. Ele explicou ter utilizado um ferro de solda, ferramenta pontiaguda que atinge alta temperatura e permite derreter metais.
A medida do magistrado ocorre após outras fugas para o exterior dos deputados bolsonaristas Carla Zambelli (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ), ambos condenados pela corte, além de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente que opera nos EUA para que o governo Donald Trump sabote o Brasil.
Em nota antes da divulgação do vídeo e do relatório da Secretaria de Administração Penitenciária do DF, os advogados de Bolsonaro afirmaram que a prisão foi baseada na realização de uma "vigília de orações", garantida pela Constituição, e que a determinação de Moraes causou "profunda perplexidade".
Os advogados Celso Vilardi e Paulo Bueno afirmaram ainda que irão "apresentar os recursos cabíveis".

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1 semana atrás
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