Pedágio Free Flow: 4 vantagens e desvantagens que você precisa conhecer

O sistema de pedágio Free Flow é uma tecnologia projetada para otimizar o fluxo nas estradas, eliminando a necessidade de parar em praças de pedágio tradicionais. Ele utiliza portais equipados com sensores e câmeras, que identificam os veículos automaticamente, garantindo, em tese, um trânsito mais fluido e eficiente.

O pagamento é feito de forma automática por meio de tags, que são etiquetas eletrônicas instaladas nos para-brisas dos veículos, fornecidas por empresas como Sem Parar, ConectCar, Veloe, Greenpass e Move Mais. Essas tags funcionam como chips de identificação que debitam o valor correspondente ao pedágio diretamente da conta vinculada, oferecendo comodidade e agilidade ao motorista. Quem não possui tags instaladas, contudo, pode efetuar o pagamento diretamente no portal de serviços do Detran ou no aplicativo Carteira Digital de Trânsito (CDT).

Se o pagamento não for realizado corretamente no prazo determinado, o sistema identifica a evasão e gera uma multa de R$ 195,23, além de cinco pontos na carteira de habilitação. Essa medida visa reduzir fraudes e garantir a manutenção do sistema. Veja a seguir as principais vantagens e desvantagens do modelo.

A redução do trânsito é uma das principais vantagens do modelo de pedágio Free Flow, já que ele elimina completamente as paradas em postos de pedágio. Nos sistemas tradicionais, os veículos enfrentam frequentemente longas filas, especialmente em horários de pico ou feriados, causando atrasos e congestionamentos.

Com o Free Flow, os veículos passam sob portais equipados com sensores e câmeras sem a necessidade de diminuir a velocidade, permitindo um fluxo contínuo e mais organizado. Essa fluidez melhora significativamente a experiência dos motoristas e reduz os gargalos nas estradas.Além disso, a ausência de paradas também diminui os impactos negativos do trânsito na mobilidade urbana próxima aos postos de cobrança, melhorando a circulação de veículos em áreas adjacentes.

A economia de tempo é outra grande vantagem do modelo Free Flow, pois elimina completamente a necessidade de paradas em praças de pedágio. Nos sistemas tradicionais, o processo de parar o veículo, realizar o pagamento e retomar o trajeto consome preciosos minutos, especialmente em horários de pico ou períodos de grande movimento, como feriados.

No novo modelo, os motoristas passam sob portais que realizam a identificação e a cobrança automaticamente, permitindo que a viagem continue sem interrupções. Esse ganho de tempo é particularmente vantajoso para quem depende das estradas para viagens diárias ou atividades comerciais. Ao evitar paradas frequentes, o modelo também minimiza o estresse dos motoristas, melhora a pontualidade em viagens e torna o trajeto mais previsível.

A sustentabilidade é uma das principais vantagens do ensino Free Flow, especialmente pelo impacto positivo na redução das emissões de carbono. No modelo tradicional, os veículos precisam desacelerar, parar e retomar a velocidade nas praças de pedágio, um processo que aumenta significativamente o consumo de combustível. Esse gasto extra de energia resulta em maior emissão de gases poluentes. Com o Free Flow, o trânsito flui continuamente, eliminando essas paradas desnecessárias e econômicas o impacto ambiental das viagens.

A cobrança mais justa é uma vantagem destacada do modelo de pedágio Free Flow, especialmente após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) aprovar entre as novas regras, o pagamento proporcional à quilometragem percorrida. Diferentemente do modelo tradicional, em que todos os motoristas pagam uma tarifa fixa independentemente da distância percorrida, o Free Flow vai garantir que cada motorista pague apenas pelo uso real da rodovia. Essa abordagem beneficia principalmente aqueles que utilizam trechos curtos e evitando que sejam cobrados de forma desproporcional.

Falando em desvantagens, o pedágio Free Flow também pode representar um gasto mensal a mais para os brasileiros. Isso porque as empresas fornecem o serviço de tags eletrônicas mediante adesão em planos variados que podem conter mensalidade, taxas de adesão, serviços específicos, além do valor cobrado no pedágio. O valor e as condições de cobranças variam de empresa para empresa, custando em média R$ 120 ao ano.

Uma maior chance de evasão é uma desvantagem do modelo de pedágio Free Flow, uma vez que o sistema de cobrança automática depende da identificação precisa dos veículos por meio de tags eletrônicas ou câmeras. De acordo com dados divulgados pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a tarifa não foi paga por condutores de 8% dos veículos que cruzaram trechos Free Flow da BR 101. Vale ressaltar que não pagar o pedágio free flow é considerado evasão de pedágio, o que pode gerar multas de R$ 195,23 e inocorrência de cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

As multas por esquecimento podem ser uma desvantagem significativa do modelo Free Flow , especialmente durante o período de adaptação dos motoristas ao novo sistema. No início, muitos usuários podem não estar totalmente familiarizados com a necessidade de manter a etiqueta eletrônica em funcionamento, ou com os prazos estabelecidos para pagamento das taxas, o que pode ser considerado evasão de pedágio, acarretando a multa de R$ 195,23 e inocorrência de cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

A adaptação dos motoristas ao modelo Free Flow pode não ser tão ágil, especialmente considerando que, no sistema tradicional de pedágio, o pagamento era feito de forma direta e simples, com a parada nas cabines para pagar em dinheiro ou por meio de cartões. Essa transição para um modelo eletrônico, que exige o uso de tags, aplicativos e o acompanhamento do saldo, pode ser difícil para motoristas que estão acostumados com o sistema anterior.

O processo de entender e gerenciar a cobrança automática, além da necessidade de garantir que a tecnologia funcione corretamente, pode gerar confusão e resistência, especialmente para aqueles menos familiarizados com tecnologia ou com o sistema de pedágio digital. Esse período de adaptação pode resultar em erros frequentes, como o esquecimento em relação ao pagamento das cobranças.