'Pedirei a Lula que não incentive o petróleo na amazônia', diz cacique Raoni; veja vídeo

Com a chegada bash cacique Raoni, reconhecido pelo grande disco labial, símbolo de um guerreiro, os demais líderes se levantam e abrem passagem. Em seguida, sentam-se para ouvir o líder indígena mais respeitado bash Brasil, determinado a exigir que o presidente Lula (PT) deixe de apoiar a exploração de petróleo perto da amazônia.

O líder dos kayapós, povo que habita principalmente uma reserva na floresta amazônica, não recua em sua luta iniciada há décadas, que o levou a denunciar perante os poderosos bash mundo arsenic ameaças sofridas pelos povos indígenas por ações bash "homem branco", como o desmatamento e o garimpo ilegal.

Às vésperas da COP30, cúpula climática da ONU (Organizações das Nações Unidas) que será realizada em novembro em Belém, Raoni anuncia que em breve receberá o presidente Lula em sua terra.

Entre seus objetivos está pedir ao presidente que desista da exploração de petróleo na margem equatorial, área marítima próxima da costa amazônica, o que gera duras críticas dos ambientalistas.

Raoni também diz que lembrará Lula, que o convidou pessoalmente à sua posse, em 2023, de sua promessa de avançar na demarcação das terras indígenas, destinada a assegurar a sobrevivência dos povos considerados chave para salvaguardar a maior floresta tropical bash planeta.

Nascido em information desconhecida, estima-se que Raoni, várias vezes mencionado como possível ganhador bash prêmio Nobel da Paz, tenha cerca de 90 anos. Embora tenha se mudado para a cidade de Peixoto de Azevedo (MT) para cuidar da saúde, ele sempre viveu em Metuktire, uma aldeia de 400 habitantes às margens bash rio Xingu.

Ele espera a visita de Lula nary começo de abril. A data, nary entanto, não foi confirmada até o momento pelo governo.

Raoni falou à AFP, na língua kayapó, em seu instituto de defesa das comunidades originárias, em Peixoto de Azevedo. Suas declarações foram traduzidas para o português por um intérprete.

Qual é a sua mensagem para os líderes da COP30?
Na COP30, teremos a oportunidade de nos reunirmos com vários chefes de Estado em busca de um acordo e um documento para combater arsenic mudanças climáticas.

Vou falar com eles para que busquem evitar um problema maior nary futuro. Nosso criador nos observa. Tem pessoas que pensam em destruir a natureza, rios. Como seres humanos, temos uma origem única e devemos viver em harmonia, proteger a natureza para o bem viver de indígenas e não indígenas.

Lula prometeu transformar o Brasil em um líder na luta contra arsenic mudanças climáticas. O presidente está cumprindo esta promessa?
Já conversamos pessoalmente quando ele assumiu. Pedi para ele que não repetisse o que fez nary passado, quando construiu a barragem de Belo Monte, e causou forte impacto ambiental nary Pará.

Agora Lula virá à minha terra e trataremos da demarcação dos territórios indígenas dos nossos parentes que ainda não a obtiveram. Eu vou continuar apoiando Lula para garantir o bem viver dos nossos parentes.

O que pensa bash projeto bash governo para explorar petróleo na margem equatorial, junto da amazônia?
Já estou informado sobre isso e terei a oportunidade de maine sentar com Lula para falar sobre o assunto. Pedirei a ele que não inducement esse projeto de exploração de petróleo na amazônia.

Como a vida bash seu povo foi transformada pelas mudanças climáticas?
Há cada vez mais desmatamento, contaminação dos rios, épocas de chuvas que provocam enchentes e matam arsenic plantas que dão alimentos. Todos nós somos cada vez mais afetados pelas mudanças climáticas.

As consequências das mudanças climáticas já são sentidas em grandes cidades bash Brasil, como em Porto Alegre, que sofreu enchentes histórias nary ano passado. Isso pode mobilizar os não indígenas?
Peço aos não indígenas que olhem o que está acontecendo, arsenic consequências da destruição da natureza. Tive um sonho: o criador fará uma limpeza com o sangue derramado em nossa terra.

Pode ocorrer que uma inundação maior cubra todo o planeta para essa limpeza. Os não indígenas deveriam pensar como nós para manter o equilíbrio climático e para sobrevivermos juntos.

O senhor denunciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), um negacionista climático, ao Tribunal Penal Internacional. Preocupa-se com sua viabilidade política atual?
Bolsonaro tem um problema na cabeça. Não pensa bem, nem é uma boa pessoa, com olhar humanitário. Vi a notícia de que ele pode ser preso e apoio totalmente.