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Perto de completar 100 anos, Anton Karl Biedermann quebra recorde mundial de natação

“Continuamos, enquanto o corpo aguentar estou aí”, brinca Anton Karl Biedermann após quebrar o recorde mundial nos 50 metros costas na categoria 100+, com o tempo de 1m9s. Pouco antes de completar 100 anos, no domingo passado (22), o empresário havia disputado a prova do Campeonato Estadual Master de Inverno, no dia 24 de agosto, na piscina olímpica do Recreio da Juventude, em Caxias do Sul.

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“Continuamos, enquanto o corpo aguentar estou aí”, brinca Anton Karl Biedermann após quebrar o recorde mundial nos 50 metros costas na categoria 100+, com o tempo de 1m9s. Pouco antes de completar 100 anos, no domingo passado (22), o empresário havia disputado a prova do Campeonato Estadual Master de Inverno, no dia 24 de agosto, na piscina olímpica do Recreio da Juventude, em Caxias do Sul.

Biedermann conta à reportagem que é um objetivo que ele persegue há bastante tempo, “me alegrou muito, é um objetivo que eu queria, até porque não é um recorde qualquer”. Ainda, descreve que havia quebrado o recorde mundial também na categoria 95-99 anos, e desde então tentava repetir o feito. Também complementa que não pretende parar, já que dia 05 ainda compete localmente. Dez dias após isso, em Buenos Aires, embarca para tentar o campeonato sul-americano de natação master, categoria acima de 24 anos e dividida em 15 faixas etárias.

Em 2023, o atleta fechou o ano em 1º lugar no Top 10 da World Aquatics em 3 provas em piscina de 25 metros, 1º lugar no Top 10 da World Aquatics em outras 3 provas disputadas nos 50m, e mais 2º e 3º lugar em outras três provas. Ele compete pelo Clube Grêmio Náutico União, o qual também é patrono. 

Para a façanha, por sinal, o nadador veterano relatou que apenas realiza musculação por 1h15 min, além de treinos de 1h30min na piscina do condomínio. O descanso é somente na sexta-feira, dia de limpeza da piscina. “É um treino que eu aguento bem, não fico exausto, e faz muito bem para a saúde, tanto física quanto mental”, destaca.

Segundo Biedermann, depois de títulos e recordes até um século de vida, não tem sonho que queira realizar. A motivação mesmo é a saúde: “só quero me manter saudável e lúcido o maior tempo possível, esse é meu grande objetivo, ganhar títulos é secundário”.

O empresário pratica o esporte desde os 11 anos, quando começou a nadar no interior de São Paulo, na cidade de Guaratinguetá. Naquela época, experimentava e competia na natação. Mas foi em outro esporte, o remo, que conseguiu engatar a carreira, “No remo andei pelo mundo inteiro, disputando campeonatos”, relembra. Chegou a ver o Muro de Berlim de perto, durante uma competição em 1986, três anos antes da queda. Participou até da inauguração do Pacaembu, também na sua juventude. Na ocasião, relembra que estava presente Getúlio Vargas, ex-presidente do Brasil.

Mesmo dentre todos os recordes, a prova que mais marcou Bidermann foi, justamente, o remo. Na prova de barco a oito, superou, junto com sua equipe, um barco argentino que nunca havia perdido. Ele relata, porém, que na categoria nunca garantiu um mundial, mas dois vices, enquanto na natação conquistou sete.

A volta à natação ocorreu só com 75 anos, quando me convidaram para participar de uma prova de natação, e eu ganhei fácil, com um tempo bom, e resolvi voltar para a natação que eu praticava na juventude”.

Entre os dois esportes, descreve que o remo é mais agradável. “Você vê a natureza, anda em lugares diferentes”, e cita o estuário do Guaíba. “Natação é mais enjoado, você vai para lá e vem para cá, apenas”, brinca. Mesmo assim, descreve que acostumou e gosta de estar fazendo o exercício.

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