A Pesquisa de Investimento 2023-2024, realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) com 223 empresas – 188 da Indústria de Transformação e 35 da Construção –, revela que no ano passado os investimentos do setor voltaram a cair no RS, por conta do cenário econômico incerto, demanda fraca, mundo em desaceleração, juros altos e dificuldade de acesso ao crédito. Para 2024, a previsão é de uma redução ainda maior. "As expectativas são pouco animadoras entre os empresários gaúchos, com os baixos níveis de confiança e os elevados patamares de incerteza que permanecem no mercado interno", afirma o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry.Segundo a pesquisa elaborada pela Unidade de Estudos Econômicos (UEE) da Fiergs, apenas 64,1% das indústrias gaúchas investiram em 2023, uma redução de 7,8 pontos percentuais em relação a 2022. O percentual foi o quarto menor da série histórica e o mais baixo dos últimos três anos, bem distante dos níveis do início dos anos 2010, quando começou a série, que chegavam acima de 80%, e acabaram perdidos na grande crise de 2014 a 2016. O resultado de 2023, entretanto, superou em 10,1 pontos percentuais o previsto pelas empresas no início do ano, quando somente 54% afirmaram que pretendiam investir.Ao mesmo tempo, o grau de efetivação dos planos de investimento também foi baixo e caiu em 2023 frente ao ano anterior. Apenas quatro em cada dez empresas (40,2%) que tinham planos de investimentos para 2023 conseguiram realizá-los totalmente como planejado. Esse também foi o quarto menor patamar da série, 8,4 pontos percentuais inferiores a 2022. Ainda, 36,8% das empresas realizaram apenas parcialmente os investimentos previstos no ano passado, 7,5% adiaram para o próximo ano, 10,9% postergaram por tempo indeterminado e 4,6% cancelaram.Os maiores entraves para a efetivação dos investimentos pela indústria gaúcha em 2023 foram, de acordo com a pesquisa da Fiergs, a incerteza econômica, com 68,6% das citações; a queda nas receitas, 60%, e a expectativa de demanda insuficiente, com 57,2%. A incerteza desde o final de 2022 faz parte do cenário econômico nacional, sobretudo com relação às questões fiscais. "As menores receitas restringem o capital próprio, que é a principal fonte de recursos para investir" afirma o presidente Petry. No ano passado, a maior parte dos investimentos da indústria gaúcha foi financiada com recursos próprios (59%). Entre os recursos de terceiros, a parcela principal veio dos bancos comerciais: 10% (8% dos privados e 2% dos públicos).Além disso, segundo a pesquisa, a aquisição de máquinas e equipamentos novos foi a principal natureza do investimento da indústria gaúcha em 2023, realizado por 71,8% das empresas, cujo objetivo principal, apontado por 53,9%, foi mecanizar a produção industrial.
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A Pesquisa de Investimento 2023-2024, realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) com 223 empresas – 188 da Indústria de Transformação e 35 da Construção –, revela que no ano passado os investimentos do setor voltaram a cair no RS, por conta do cenário econômico incerto, demanda fraca, mundo em desaceleração, juros altos e dificuldade de acesso ao crédito. Para 2024, a previsão é de uma redução ainda maior. "As expectativas são pouco animadoras entre os empresários gaúchos, com os baixos níveis de confiança e os elevados patamares de incerteza que permanecem no mercado interno", afirma o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry.
Segundo a pesquisa elaborada pela Unidade de Estudos Econômicos (UEE) da Fiergs, apenas 64,1% das indústrias gaúchas investiram em 2023, uma redução de 7,8 pontos percentuais em relação a 2022. O percentual foi o quarto menor da série histórica e o mais baixo dos últimos três anos, bem distante dos níveis do início dos anos 2010, quando começou a série, que chegavam acima de 80%, e acabaram perdidos na grande crise de 2014 a 2016. O resultado de 2023, entretanto, superou em 10,1 pontos percentuais o previsto pelas empresas no início do ano, quando somente 54% afirmaram que pretendiam investir.
Ao mesmo tempo, o grau de efetivação dos planos de investimento também foi baixo e caiu em 2023 frente ao ano anterior. Apenas quatro em cada dez empresas (40,2%) que tinham planos de investimentos para 2023 conseguiram realizá-los totalmente como planejado. Esse também foi o quarto menor patamar da série, 8,4 pontos percentuais inferiores a 2022. Ainda, 36,8% das empresas realizaram apenas parcialmente os investimentos previstos no ano passado, 7,5% adiaram para o próximo ano, 10,9% postergaram por tempo indeterminado e 4,6% cancelaram.
Os maiores entraves para a efetivação dos investimentos pela indústria gaúcha em 2023 foram, de acordo com a pesquisa da Fiergs, a incerteza econômica, com 68,6% das citações; a queda nas receitas, 60%, e a expectativa de demanda insuficiente, com 57,2%. A incerteza desde o final de 2022 faz parte do cenário econômico nacional, sobretudo com relação às questões fiscais. "As menores receitas restringem o capital próprio, que é a principal fonte de recursos para investir" afirma o presidente Petry. No ano passado, a maior parte dos investimentos da indústria gaúcha foi financiada com recursos próprios (59%). Entre os recursos de terceiros, a parcela principal veio dos bancos comerciais: 10% (8% dos privados e 2% dos públicos).
Além disso, segundo a pesquisa, a aquisição de máquinas e equipamentos novos foi a principal natureza do investimento da indústria gaúcha em 2023, realizado por 71,8% das empresas, cujo objetivo principal, apontado por 53,9%, foi mecanizar a produção industrial.
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Para 2024, os investimentos da indústria gaúcha devem recuar ao menor patamar da série histórica, caso se confirmem as perspectivas da pesquisa. Somente 61,3% das indústrias gaúchas pretendem investir, 2,8 pontos percentuais mais baixos das que investiram em 2023. Vale destacar que a pesquisa foi realizada entre os dias 1º e 11 de dezembro de 2023, portanto, durante as discussões de aumento da alíquota modal de ICMS de 17% para 19,5% e antes da edição dos decretos que cortam incentivos de ICMS, que ocorreu em 16 de dezembro.
Aumentos ou melhorias do processo produtivo atual e da capacidade instalada são os dois maiores objetivos dos investimentos previstos para 2024, citados por 39,8% e 38,2%, respectivamente. A maioria (64,7%) das empresas gaúchas aponta que usará recursos próprios para financiar esses investimentos, que terão como foco principal o mercado interno, alvo exclusivo ou prioritário de 65,6% das empresas.

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