Um celular após furto ou roubo passa por um processo semelhante ao de carros roubados, de acordo com Guaracy Mingardi, analista criminal e membro do FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança Pública).
"Alguns são desmontados e servem para reparo de outros telefones, como se fosse um desmanche, enquanto outros são enviados para fora do país", explica.
A razão de esses telefones serem levados para o continente africano tem relação com o fato de o bloqueio de operadoras brasileiras não funcionarem lá.
No Brasil foi criado um sistema de registro de celulares roubados ou furtados e as operadoras bloqueiam estes celulares nas suas redes, explica Eduardo Tude, presidente da consultoria de telecomunicações Teleco:
O mesmo não acontece na África, onde não existe um sistema semelhante, e as operadoras de lá não consultam nossa base dados para bloquear os telefones.
Geralmente, os criminosos tentam zerar o aparelho, restaurando-o para o padrão de fábrica, e, em alguns casos, até tentam trocar o Imei (Identificação Internacional de Equipamento Móvel), espécie de "RG do celular". Isso seria, na comparação com o roubo a carros, como trocar o chassi.
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