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Posse de Trump: quem vai representar o Brasil na cerimônia

Nas cerimônias de posse dos presidentes dos Estados Unidos, a tradição é convidar os embaixadores dos países que atuam em Washington.

A embaixadora do Brasil em Washington, Maria Luiza Viotti, deve representar o governo brasileiro na posse de Trump. Ela é a primeira mulher a ser indicada ao cargo de embaixadora do Brasil nos Estados Unidos

A embaixadora do Brasil em Washington Maria Luiza Viotti — Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O evento ainda reúne celebridades e aliados de Trump no Capitólio, em Washington, D.C. Nomes da direita e da extrema direita mundial estão entre os principais convidados, como o presidente da Argentina, Javier Milei, e da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, confirmados no evento. Também devem comparecer Elon Musk, Jeff Bezos e Mark Zuckerberg.

Joe Biden também confirmou presença na cerimônia de seu oponente nas eleições, ao contrário do próprio Trump em 2021. Ele foi o primeiro presidente americano em mais de 150 anos a não comparecer à cerimônia do sucessor.

A vice-presidente Kamala Harris e o ex-presidente Barack Obama também estão entre as presenças confirmadas.

➡️ A ausência de convite a Lula é normal. Historicamente, os governantes costumam evitar participar de cerimônias de posse no exterior por questões de segurança, optando por enviar diplomatas como representantes.

Nada impede, porém, que o presidente eleito decida convidar chefes de Estado por alguma razão. De acordo com a Agência Reuters, no entanto, Trump quebrou precedentes e convidou vários líderes estrangeiros para a cerimônia. O presidente Lula não foi convidado.

Diplomatas afirmam que as relações entre Brasil e EUA devem se manter estáveis, apesar do distanciamento político entre Lula e Trump.

O governo brasileiro visa uma relação pragmática e preocupada em preservar negócios, a exemplo do que ocorre com a gestão de Milei na Argentina. Os EUA são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás somente da China.

Trump é alinhado ideologicamente ao ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2022), que defendeu medidas e discursos do mandato anterior do americano (2017-2020), apoiou a sua reeleição e não reconheceu imediatamente a vitória de Joe Biden (2021-2024).

Além disso, no ano passado, Lula manifestou apoio a Kamala Harris, vice de Biden e candidata do partido democrata derrotada por Trump nas urnas.

Mesmo assim, no dia em que foi confirmada a vitória de Trump, Lula e o Ministério das Relações Exteriores reconheceram publicamente o resultado da eleição.

"Meus parabéns ao presidente Donald Trump pela vitória eleitoral e retorno à presidência dos Estados Unidos. A democracia é a voz do povo e ela deve ser sempre respeitada. O mundo precisa de diálogo e trabalho conjunto para termos mais paz, desenvolvimento e prosperidade. Desejo sorte e sucesso ao novo governo", publicou Lula na ocasião.

Bolsonaro foi convidado para a posse de Trump, mas teve a liberação do seu passaporte para viajar até Washington negada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Para sair do Brasil, o ex-presidente precisa de autorização judicial, pois teve o passaporte apreendido pela Polícia Federal em fevereiro de 2024.

A medida foi tomada em uma operação que investiga suposta tentativa de golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder por meio de uma minuta golpista, que teria envolvido o ex-presidente, aliados e militares próximos.

Em novembro do ano passado, Bolsonaro e mais 39 pessoas foram indiciadas pela PF por tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

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