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Prevista para acabar nesta semana, CPMI tem disputa por relatório

Política

Documento oficial será apresentado pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA); oposição tenta emplacar outro parecer

Rute Moraes

Rute Moraes

- 16 out 2023 13:19

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Segundo informações da mesa diretora da CPMI, o colegiado realizou 23 reuniões | Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Depois de quatro meses, a CPMI do 8 de Janeiro deve chegar ao fim dos trabalhos nesta semana. O relatório do colegiado, previsto para ser lido na terça-feira 17, deve ser votado na quarta-feira 18.

A oposição, contudo, prepara uma ofensiva para se contrapor ao documento da senadora Eliziane Gama (PSD-MA), que faz parte da ala governista.

Os oposicionistas elaboraram um relatório paralelo, que vai ser lido amanhã depois do documento oficial. Assim, eles entram na disputa para emplacar o texto.

A votação do relatório oficial está prevista para acontecer na quarta-feira, pois os membros do colegiado já aguardam um pedido de vista — mais tempo para analisar o texto.

Conforme apurou Oeste, o relatório de Eliziane já possui quase mil páginas e ainda não foi concluído. A senadora também não divulgou oficialmente os nomes de quem poderá ser indiciado.

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Já o relatório da oposição, conforme interlocutores, deve solicitar o indiciamento do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e do general Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, além de possíveis outros nomes.

O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) apresentou, na sexta-feira 13, outro relatório paralelo, que ele denomina de “independente”. No texto, o parlamentar pede o indiciamento de Dino e de G. Dias, além de afirmar que houve “omissão” do governo federal nos atos de vandalismo de 8 de janeiro.

Segundo informações da mesa diretora da CPMI, o colegiado realizou 23 reuniões, 21 oitivas, recebeu quase 2,1 mil requerimentos, aprovou 660 documentos, rejeitou 74 requerimentos e recebeu pouco mais de 650 documentos — entre públicos e sigilosos.

Como mostrou Oeste, o colegiado vai encerrar investigação sem votar mais de 1,3 mil requerimentos. A CPMI ainda deixou de ouvir 27 depoentes que foram convocados.

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