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Protótipo do primeiro automóvel elétrico brasileiro é apresentado

O empresário capixaba Flávio Figueiredo Assis está à frente do projeto de montagem do primeiro automóvel elétrico nacional, que deverá circular pelas vias brasileiras a partir do final de 2024. O protótipo foi apresentado, de forma oficial, na tarde desta quinta-feira (21), em Caxias do Sul, nas dependências da Ângulo Protótipos, uma das parceiras do projeto. A apresentação deu-se por meio de redes sociais da marca, que terá sede em Alphaville, em São Paulo, e planta industrial em Caxias do Sul.O modelo Lecar Model 459 terá 65% de conteúdo nacional, sendo 50% originários de empresas de Caxias do Sul e 15% de outros municípios. Da China serão importados 35% dos componentes, basicamente motores e baterias, da fabricante Wiston, que também fornece para outras duas gigantes do setor: Volkswagen e Hyundai. "O Brasil é privilegiado, com matéria-prima apropriada e abundante para a produção de carros 100% elétricos. Identifiquei Caxias do Sul como o melhor local para montar sua fábrica, visto que vários fornecedores do ecossistema de mobilidade se encontram na região", destacou. A fase inicial do projeto deu-se a partir da desmontagem de um veículo modelo Tesla para entender a engenharia da marca mundial.O investimento estimado em R$ 1,1 bilhão, bancado com recursos próprios, contempla projeto, instalação e produção - o empresário estuda o lançamento de IPO (oferta pública inicial) para 2025. "Além de um projeto que favorece a mobilidade e a sustentabilidade, temos o objetivo de fazer com que o Brasil seja visto de forma valorizada, assim como sempre deveríamos ser vistos. Somos a nona economia do mundo e ainda não tínhamos nenhuma montadora nacional. Vamos mudar o rumo da história", pontua.Em fevereiro, o protótipo será embarcado para Londres, na Inglaterra, onde será submetido a avaliações de impacto, aerodinâmica e até simuladores de segurança, visando à obtenção de uma série de homologações. Essa etapa terá duração de até nove meses. Depois disso, o produto entrará em linha de produção e deverá gerar 600 empregos diretos na fábrica.Assis estima para 2025 a produção de 300 carros por mês, que terá preço unitário de R$ 279 mil. Para os volumes iniciais, a empresa projeta necessidade de área de 4 mil metros quadrados, com possibilidade de expansão para atender ao projeto de 50 mil unidades anuais a partir de 2028.Formado em Direito e Contabilidade, o empreendedor tem como inspiração o norte-americano Elon Musk. Iniciou a carreira como bancário e, pouco tempo depois, criou a Financial Contabilidade, que mantém em sociedade com Iledson Luiz Fracalossi. Na sequência fundou a Lecard, administradora de cartões alimentação PAT, que chegou a uma movimentação anual de R$ 1 bilhão.Em 2022, vendeu a Lecard para acelerar um sonho de criar a primeira montadora de carros elétricos do Brasil. A ideia surgiu quando se deparou com a lei federal 8.723, publicada em 1993, que regulamenta a redução de emissões de CO2 com prazo final em 2027, encerrando a utilização de motores à combustão em veículos automotores fabricados a partir de 2028. Em fevereiro de 2022 deu início à Lecar. Atualmente, a equipe tem 30 profissionais, muitos com passagens por empresas como Gurgel, Troller, JPX, Ford, Toyota, Nissan e Marcopolo.

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O empresário capixaba Flávio Figueiredo Assis está à frente do projeto de montagem do primeiro automóvel elétrico nacional, que deverá circular pelas vias brasileiras a partir do final de 2024. O protótipo foi apresentado, de forma oficial, na tarde desta quinta-feira (21), em Caxias do Sul, nas dependências da Ângulo Protótipos, uma das parceiras do projeto. A apresentação deu-se por meio de redes sociais da marca, que terá sede em Alphaville, em São Paulo, e planta industrial em Caxias do Sul.

O modelo Lecar Model 459 terá 65% de conteúdo nacional, sendo 50% originários de empresas de Caxias do Sul e 15% de outros municípios. Da China serão importados 35% dos componentes, basicamente motores e baterias, da fabricante Wiston, que também fornece para outras duas gigantes do setor: Volkswagen e Hyundai. "O Brasil é privilegiado, com matéria-prima apropriada e abundante para a produção de carros 100% elétricos. Identifiquei Caxias do Sul como o melhor local para montar sua fábrica, visto que vários fornecedores do ecossistema de mobilidade se encontram na região", destacou. A fase inicial do projeto deu-se a partir da desmontagem de um veículo modelo Tesla para entender a engenharia da marca mundial.

O investimento estimado em R$ 1,1 bilhão, bancado com recursos próprios, contempla projeto, instalação e produção - o empresário estuda o lançamento de IPO (oferta pública inicial) para 2025. "Além de um projeto que favorece a mobilidade e a sustentabilidade, temos o objetivo de fazer com que o Brasil seja visto de forma valorizada, assim como sempre deveríamos ser vistos. Somos a nona economia do mundo e ainda não tínhamos nenhuma montadora nacional. Vamos mudar o rumo da história", pontua.

Em fevereiro, o protótipo será embarcado para Londres, na Inglaterra, onde será submetido a avaliações de impacto, aerodinâmica e até simuladores de segurança, visando à obtenção de uma série de homologações. Essa etapa terá duração de até nove meses. Depois disso, o produto entrará em linha de produção e deverá gerar 600 empregos diretos na fábrica.

Assis estima para 2025 a produção de 300 carros por mês, que terá preço unitário de R$ 279 mil. Para os volumes iniciais, a empresa projeta necessidade de área de 4 mil metros quadrados, com possibilidade de expansão para atender ao projeto de 50 mil unidades anuais a partir de 2028.

Formado em Direito e Contabilidade, o empreendedor tem como inspiração o norte-americano Elon Musk. Iniciou a carreira como bancário e, pouco tempo depois, criou a Financial Contabilidade, que mantém em sociedade com Iledson Luiz Fracalossi. Na sequência fundou a Lecard, administradora de cartões alimentação PAT, que chegou a uma movimentação anual de R$ 1 bilhão.

Em 2022, vendeu a Lecard para acelerar um sonho de criar a primeira montadora de carros elétricos do Brasil. A ideia surgiu quando se deparou com a lei federal 8.723, publicada em 1993, que regulamenta a redução de emissões de CO2 com prazo final em 2027, encerrando a utilização de motores à combustão em veículos automotores fabricados a partir de 2028. Em fevereiro de 2022 deu início à Lecar. Atualmente, a equipe tem 30 profissionais, muitos com passagens por empresas como Gurgel, Troller, JPX, Ford, Toyota, Nissan e Marcopolo.

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