Discurso contra transição energética e meio ambiente pode impulsionar empresas de energia e combustíveis fósseis. A avaliação é que essas companhias tendem a ganhar espaço nos Estados Unidos em meio a políticas mais restritivas no mundo.
Valorização da renda fixa no exterior. Segundo Thiago Lori, economista da Manchester Investimentos, a expectativa de uma política fiscal expansionista pode resultar em uma projeção elevada de juros nos EUA, o que torna os títulos de renda fixa ainda mais atraentes. O analista da Empiricus Research, Enzo Pacheco, diz que o mercado passou a precificar uma curva maior para os juros futuros após as eleições. O Fed (Federal Reserve), o BC dos EUA, reduziu os juros em 0,25 ponto em dezembro e prometeu mais dois cortes do mesmo tamanho nas próximas reuniões — ante uma expectativa de até quatro cortes antes.
Bom momento para ETFs. Os fundos de índices de empresas com as melhores notas de crédito têm ofertado prêmios de até 7% até 2028 versus um patamar próximo de 5% dos títulos da dívida pública do governo dos EUA, afirma Pacheco. Para receber esse valor, porém, o investidor deve carregar o título até a data de vencimento.
Mudança de posição sobre criptomoedas valoriza o bitcoin. Lori diz que, diferente de seu primeiro mandato, Trump agora adotou um discurso mais favorável às moedas digitais. Nos últimos dias, o BTC voltou a se aproximar da faixa de US$ 100 mil, com a promessa do mandatário em apoiar a mineração de criptomoedas. Embora esse tipo de investimento seja altamente volátil e arriscado, diz ele, o movimento impulsionou o BTC e outros criptoativos, que podem continuar a escalar devido ao ambiente mais favorável.
Historicamente, as Bolsas americanas apresentam desempenhos consistentes no longo prazo, refletindo a força e resiliência da economia dos EUA. Com a vitória de Donald Trump, a renda variável americana continua sendo uma opção atrativa para a diversificação internacional, mas exige uma análise criteriosa para identificar setores e empresas que podem se beneficiar das novas políticas econômicas.
Thiago Lori, economista da Manchester Investimentos
Quais os riscos para quem vai investir no exterior em 2025?
Principais riscos incluem conflitos comerciais e políticas mais drásticas. Para Jesus, da RGW Investimentos, o protecionismo a ser adotado pelos EUA pode gerar tensões internacionais e afetar o comércio global, aumentando a volatilidade dos mercados. Além disso, em caso de alta da inflação, o Fed pode vir a elevar os juros, pressionando ainda mais as moedas emergentes e as empresas com dívidas em moeda estrangeira.
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