
Você já pensou em trabalhar por conta própria? Ser freelancer ou autônomo oferece uma série de vantagens, como ser seu próprio chefe e ter mais controle sobre seus horários. Por outro lado, a falta de estabilidade financeira é um dos principais pontos negativos desse modelo de trabalho.
No Brasil, os trabalhadores autônomos correspondem a 38% da população. Desse total, 23% atuam de forma paralela ao trabalho principal e 11% trabalham exclusivamente como freelancers. Além disso, 3% afirmam planejar migrar para esse modelo em tempo integral. Os dados são de uma pesquisa realizada pela Onlinecurriculo, plataforma de currículos online.
Ainda segundo o levantamento, 29% dos entrevistados nunca trabalharam de forma autônoma, mas demonstram interesse nesse formato de atuação. Entre os empecilhos estão as dúvidas sobre como começar e a insegurança sobre possuir habilidades suficientes.
Para quem já segue ou planeja começar a viver como autônomo, o planejamento financeiro é essencial. Afinal, a renda mensal passa a ser variável, e o trabalhador não pode contar com a estabilidade do salário e os benefícios da carteira assinada.
O que muda

O controle de ganhos e gastos precisa ser diário. Quando o fluxo de renda não segue um padrão, o custo de vida está sujeito a sazonalidade, ou seja, ele precisa se adequar ao valor disponível no mês. Para isso, a planilha de controle ajuda a visualizar e entender quais contas precisam ser priorizadas.
"Em alguns meses, você vai ter renda alta, mais do que suficiente para cobrir gastos fixos, mas, em outros, ela será insuficiente ou mesmo nula", explica Carlos Castro, planejador financeiro certificado pela Associação Brasileira de Planejamento Financeiro.
Quando a entrada for menor, uma opção é usar a reserva de emergência. Afinal, é para situações como essa que ela é pensada.
Mas atenção, quando se trabalha como freelancer, a reserva de emergência precisa ser maior. Por conta das incertezas, o planejamento tem que ser mais robusto e capaz de garantir o seu padrão de vida por mais tempo.
Em vez de ser de três a seis vezes o seu custo de vida, a reserva financeira tem que ser de seis a doze vezes os gastos mensais. Carlos Castro, planejador financeiro
É importante ter em mente que, como autônomo, você é a sua própria fonte de renda. Ou seja, se parar de trabalhar também para de receber. Nesse caso, guardar dinheiro significa poder tirar férias tranquilas ou estar seguro, financeiramente, em caso de acidentes ou doenças que incapacitem o trabalho.
Uma opção é contratar seguros de vida e combiná-los com a reserva de emergência. "Contrate seguros que, em caso de incapacidade temporária, gerem essa renda. Para o autônomo, tem que combinar seguros de proteção de renda, de vida e reserva financeira", diz Castro.
Separe as contas

"O maior erro que o empreendedor ou autônomo comete é misturar as contas de pessoa física e pessoa jurídica". Para Castro, é importante ter clareza do comportamento dos seus gastos pessoais e do que é desembolsado por conta do trabalho. E a mesma coisa serve para os ganhos.
"O ideal é que você saiba exatamente quais são as despesas com o seu negócio e quais são as despesas particulares", reforça Myrian Lund, planejadora financeira e professora de finanças da FGV. Esse controle pode ser feito com planilhas que listem moradia, alimentação, saúde e despesas pessoais e separem dos itens profissionais, que podem ser o transporte para o trabalho e a assinatura de algum programa, entre outros.
A separação entre gastos profissionais e com o negócio ajuda também a tomar decisões futuras sobre como fazer e orçar melhor o seu trabalho. Myrian Lund, professora de finanças da FGV
Não esqueça os impostos

Mesmo trabalhando por conta própria as obrigatoriedades com os impostos não somem e precisam ser levados em consideração na hora de se planejar financeiramente. Ou seja, é necessário prestar atenção no valor desembolsado para quitá-los.
Quem trabalha com renda variável geralmente não é CLT e precisa contribuir para o INSS. Myrian Lund, professora de finanças da FGV
INSS: funciona como proteção social aos trabalhadores que contribuem. Com a previdência social, é possível garantir a aposentadoria, auxílio em caso de doenças e o salário-maternidade.
Mas só com o pagamento da previdência social não é possível ficar em dia com a Receita Federal. A depender do modelo de negócio que escolher, seja autônomo como pessoa física, MEI ou autônomo com CNPJ, os impostos variam.
Autônomo como pessoa física: nesse tipo de negócio, é necessário pagar, além do INSS, o imposto de Renda e o ISS, imposto municipal sobre serviços.
MEI: para além dos impostos como pessoa física, quem opta pelo MEI precisa pagar o ICMS.
Autônomo com CNPJ: nesse caso, a melhor forma de quitar os impostos é com o pagamento do Simples Nacional, que incluem os tributos: IRPJ, CSLL, PIS, Cofins, INSS patronal e o ICMS.

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4 horas atrás
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