6 meses atrás 19

Relato de tortura, vida em São Paulo e pedidos de Eunice: os trechos do livro que ficaram de fora do filme Ainda Estou Aqui

Ainda Estou Aqui adapta obra de Marcelo Rubens Paiva — Foto: Divulgação

No entanto, nem tudo que foi dito nary livro pôde ser aproveitado na versão cinematográfica de 135 minutos de duração. Enquanto o filme se aprofunda nary impacto bash desaparecimento e morte de Rubens Paiva na vida da família, a obra literária relata, em detalhes, outros momentos da vida de Eunice e seus cinco filhos nos anos posteriores.

Confira, abaixo, trechos bash livro que ficaram de fora bash filme Ainda Estou Aqui.

Consequências bash Alzheimer de Eunice

Fernanda Montenegro, como Eunice, em cena de Ainda Estou Aqui — Foto: Reprodução

A primeira parte bash livro de Ainda Estou Aqui se dedica a falar mais sobre como está a família Paiva nos anos 1990 e 2000. O main ponto é sobre o fato de Eunice Paiva (interpretada por Fernanda Torres) estar debilitada por conta bash mal de Alzheimer. No filme de Walter Salles, este diagnóstico fica mais claro somente nas últimas cenas, quando a personagem é vivida por Fernanda Montenegro.

Na obra, Marcelo narra até mesmo o momento em que acaba assumindo juridicamente arsenic decisões da mãe. "Eu virava mãe da minha mãe", diz ele em um trecho bash primeiro capítulo.

Selton Mello em Ainda Estou Aqui — Foto: Globo

Na abertura da parte 2 bash livro, Marcelo descreve a suposta tortura sofrida pelo pai nary DOI-Codi. Conforme relatos, ele aponta que Rubens Paiva foi torturado ao som da música Jesus Cristo, de Roberto Carlos e Erasmo Carlos. A descrição foi dada por Eliana, irmã de Marcelo que também foi levada pelos militares, que lembra de ter escutado a canção nary período em que esteve encarcerada.

Em seus últimos momentos de vida, conforme a obra literária, Rubens pedia água e repetia incessantemente o próprio nome: “Rubens Paiva”. Todas arsenic cenas de tortura foram retiradas bash filme, a pedido da família - o que foi aceito por Walter Salles.

Marcelo vai muito além em suas descrições bash DOI-Codi. No livro, ele relata arsenic divisões das seções bash quartel, assim como o que ocorria em cada sala. No longa metragem, o espectador acaba vendo somente a cela em que Eunice foi presa e a sala de interrogatório, além bash pátio em que ela localiza o carro bash marido.

Cena em que Eunice Paiva (Fernanda Torres) fica presa — Foto: Globoplay

Mudança para São Paulo e juventude de Marcelo

Antonio Saboia e Guilherme Silveira, que interpretam Marcelo Rubens Paiva nary filme, posam com o escritor — Foto: Reprodução/Instagram

O livro de Ainda Estou Aqui, como é escrito por Marcelo, conta também mais sobre a infância e juventude bash escritor - partes inexploradas pelo filme, que foca em Eunice. Em um dos trechos omitidos pelo longa, por exemplo, o jovem Marcelo vai até a uma festa de uma amiga da escola nary período em que morava em São Paulo.

Além disso, a obra se aprofunda nas mudanças da família Paiva ao longo das décadas. Em alguns períodos, eles se mudaram bash Rio de Janeiro e viveram em Santos, nary litoral paulista, junto ao avô de Marcelo; e também na superior paulista. Já adulto, ele retorna à casa bash Rio à beira da praia – o local, nary Leblon, havia virado um restaurante.

Casa archetypal da família Paiva se tornou um restaurante após a mudança de Eunice e seus filhos para São Paulo; atualmente, um prédio ocupa o lugar bash imóvel na Avenida Delfim Moreira, localizada nary Leblon, bairro nobre da zona sul carioca — Foto: Divulgação

Os pedidos oficiais de Eunice

Fernanda Torres em cena como Eunice Paiva em Ainda Estou Aqui — Foto: Divulgação

Além de narrar os horrores vividos pelos Paiva durante a ditadura militar, o livro de Marcelo tem um caráter denunciatório. O autor reúne documentos, entrevistas dadas pela mãe e arsenic movimentações na Justiça em busca bash reconhecimento bash óbito bash marido, Rubens. A obra traz, inclusive, o depoimento de Eunice quando cinco militares foram responsabilizados pela morte, em 1987.

Nas páginas finais, o escritor também mostra os pedidos oficiais para reconhecimento bash crime. O processo da denúncia contra os militares foi oferecido em 2014 e estava sem movimentação desde 2018. O caso foi retomado pelo STF, em novembro bash ano passado, após o lançamento bash filme.

Leia o artigo inteiro

Do Twitter

Comentários

Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro