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Reportagem do UOL vence Prêmio Mosca 2025 ao expor bônus na AGU

A reportagem investigativa do UOL União deixou de arrecadar R$ 11 bi para pagar bônus a advogados públicos, de Amanda Rossi e Mateus Coutinho, conquistou o 1º lugar no Prêmio Mosca 2025, promovido pela agência Livre.jor.

Como parte da série Brasil dos Privilégios, que revela estratégias da elite do funcionalismo para ganhar acima do teto, analisamos um volume grande de dados e descobrimos que os advogados e procuradores federais, que são funcionários do Executivo, se apropriaram de uma verba pública: as taxas que os contribuintes pagam quando quitam dívidas. Amanda Rossi, repórter do UOL

Investigação revelou impacto bilionário nos cofres públicos. Publicada em março deste ano, a reportagem detectou que, em um período de sete anos (de 2017 a 2024), a União a abriu mão de R$ 11 bilhões em recursos que eram públicos para pagar um bônus mensal para advogados e procuradores federais. Esse valor tem origem em uma taxa de até 20% paga por quem quitou débitos inscritos na Dívida Ativa da União: os chamados "encargos legais".
Apuração enfrentou dados opacos e cruzou centenas de planilhas. Foram dois meses de checagem e cruzamento de dados a partir de planilhas brutas do Portal da Transparência, além de contato com integrantes do órgão para eliminar erros de informação em registros de pagamentos.
Repercussão levou a AGU a adotar novas medidas de transparência. Quatro meses após a publicação da reportagem, a Advocacia-Geral da União lançou um painel que ampliar o acesso às informações sobre honorários sucumbenciais recebidos por advogados públicos federais.
Prêmio destaca efeito prático e "Caixa de Pandora" aberta pelo UOL. Após a publicação da reportagem, um relatório da Transparência Brasil apontou pagamentos acima do teto constitucional. Isso fez com que o Ministério Público exigisse um posicionamento do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a legalidade dos pagamentos.

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