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Resolução de Malta é aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU

“Inúmeros civis estão agora sofrendo as consequências devastadoras que o conflito armado traz consigo”, afirmou Vanessa Frazier, representante permanente de Malta junto da ONU, antes da votação.

Veja abaixo como votaram os países:

  • A favor: 12 votos
  • Contra: 0 voto
  • Abstenções: 3 (Estados Unidos, Reino Unido e Rússia)

O projeto de resolução exige, com urgência, uma pausa no conflito que acontece no Oriente Médio para que corredores humanitários sejam montados em toda a Faixa de Gaza. A ideia é permitir o acesso completo das agências das Nações Unidas e seus parceiros — como o Comitê Internacional da Cruz Vermelha e outras organizações humanitárias imparciais. (entenda mais abaixo)

O texto não condena Israel nem chama de "atos terroristas" os ataques feitos por Hamas desde 7 de outubro, quando invadiu o país vizinho.

A Rússia foi o único país do Conselho que chegou a se pronunciar sobre a resolução, chamando o texto de “desequilibrado”.

A votação foi marcada no mesmo dia em que forças israelenses fizeram uma operação militar no maior hospital de Gaza, com a justificativa de que membros do grupo terrorista Hamas estavam no local.

Segundo o texto, a pausa deverá permanecer ativa por tempo suficiente para que a ajuda humanitária chegue aos civis, especialmente crianças. O objetivo é "facilitar o fornecimento contínuo, suficiente e sem entraves de bens e serviços essenciais — incluindo água, eletricidade, combustível, alimentos e suprimentos médicos.

Reparações de emergência em infraestruturas essenciais, a evacuação médica de crianças doentes ou feridas e de seus cuidadores, e os esforços de resgate e recuperação de pessoas — inclusive de crianças desaparecidas em edifícios danificados e destruídos — também estão previstos no projeto.

Além disso, o texto também pede que todos os reféns, especialmente crianças, sejam libertados, e que todas as partes do conflito evitem de privar a população da Faixa de Gaza de serviços básicos e da "assistência humanitária indispensáveis à sua sobrevivência."

A resolução também reafirma que "todas as partes do conflito devem cumprir com suas obrigações" perante as leis internacionais, reiterando que essas regras garantem a proteção total a crianças.

A Rússia falhou numa tentativa de última hora de alterar a resolução para incluir um apelo a uma trégua humanitária imediata que conduzisse à cessação das hostilidades.

“Gostaria de perguntar aos nossos colegas norte-americanos: vocês eliminaram tudo [no texto] o que pudesse de alguma forma indicar a necessidade de cessar as hostilidades. Isso significa que são a favor de que a guerra no Oriente Médio continue indefinidamente?", disse Vassily A. Nebenzia, embaixador da Rússia na ONU, antes da votação.

Conselho de Segurança da ONU aprova resolução que prevê proteção de crianças em Gaza

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