Porém, em seguida, ele completou dizendo que o "sofrimento do povo palestino não poderia justificar os ataques do Hamas".
Marcelo Lins sobre fala de Guterres: 'Fala forte de um homem fraco em uma instituição desprestigiada'
As autoridades israelenses criticaram o discurso do secretário-geral. Ainda na terça, o ministro das Relações Exteriores israelense, Eli Cohen, cancelou uma reunião agendada com Guterres, enquanto o enviado de Israel à ONU, Gilad Erdan, pediu a demissão do secretário-geral, dizendo que Israel deve repensar as suas relações com o organismo mundial.
Nesta quarta-feira, Erdan afirmou à rádio do exército israelense que recusou o visto do chefe de assuntos humanitários da ONU, Martin Griffiths, como represália ao comentário de Guterres.
"Recusaremos conceder vistos a representantes da ONU. Já nos recusamos a dar um ao subsecretário-geral para Assuntos Humanitários, Martin Griffiths", disse à rádio. "É hora de ensinar uma lição a eles."
António Guterres durante discurso na ONU em 25 de outubro de 2023 — Foto: ONU via REUTERS
Após a repercussão negativa, Guterres fez um discurso breve em que reiterou partes de seu discurso feito na abertura do Conselho de Segurança da ONU na terça.
"Nada pode justificar o assassinato, o ferimento e o rapto deliberado de civis – ou o lançamento de foguetes contra alvos civis", disse.
Guterres afirmou ainda que acredita ser necessário o esclarecimento da fala no discurso "por respeito às vítimas e às suas famílias."
Embaixador pede saída do secretário novamente nesta quarta
Após breve discurso reforçando sua condenação aos ataques do grupo terrorista Hamas, o embaixador de Israel, Gilad Erdan, disse, novamente nesta quarta-feira (25), que o secretário deve sair do cargo.
Em represália, ainda na terça-feira (24), autoridades israelenses cancelaram a reunião que teriam com o secretário e pedirão a demissão dele.
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