"A situação dos civis palestinos presos no norte de Gaza é insuportável", disse o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric.
Israel afirma que seus ataques pretendem impedir o reagrupamento do Hamas.
Ele acrescentou que, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, centenas de pessoas morreram nas últimas semanas e mais de 60 mil foram obrigadas a fugir.
"Os esforços repetidos para entregar suprimentos humanitários essenciais para sobrevivência — alimentos, remédios e abrigo — continuam sendo negados pelas autoridades israelenses, com poucas exceções, colocando muitas vidas em perigo", disse Dujarric.
"Em nome da humanidade, o secretário-geral reitera seus apelos por um cessar-fogo imediato, a libertação imediata e incondicional de todos os reféns e a responsabilização por crimes contemplados no direito internacional", acrescentou.
Ainda neste domingo, o porta-voz da agência de defesa civil de Gaza, Mahmud Bassal, criticou o "cerco" de Israel às cidades de Jabalia, Beit Hanoun e Beit Lahia, ao norte de Gaza, afirmando que 100 mil pessoas estavam presas nessas áreas.
"As forças de ocupação matam qualquer um que tente prestar serviços aos moradores do norte de Gaza", completou.
Bilal al-Hajri, 25 anos, morador de Beit Lahia, disse que o bloqueio estava desencadeando uma "fome" na área. "Estamos realmente morrendo sob forte cerco e fome", disse ele à AFP.
O Exército israelense foi duramente criticado por sua operação no norte de Gaza, onde dezenas de milhares de civis estão bloqueados.
Segundo as forças israelenses, o objetivo do ataque é destruir as capacidades operacionais que o Hamas está tentando recompor no norte.
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