O Liquida Porto Alegre começa oficialmente nesta sexta-feira (23), mas o comércio já se vestiu para a campanha de 10 dias. Este ano a ação vem embalada por projeções animadoras, tanto dos dirigentes da CDL Porto Alegre, que comanda a ação, como de pesquisa que indicou a tendência de gastos na temporada e que foi elaborada justamente para subsidiar o setor.
Levantamento da CDL-POA mostra que sete em cada dez porto-alegrenses pretendem comprar durante a campanha. O gasto sinalizado por 40,5% dos consumidores ouvidos pela entidade e Vitamina é de cerca de R$ 1 mil no período. O valor se justifica pelo perfil de produtos que estão na linha de frente da preferência para consumir.
Eletrodomésticos aparecem como item a ser mais buscado por 56% dos moradores, seguidos por eletrônicos (38%), roupas (32%), moveis (13%) e calçados (11%).
Outro detalhe que deve entrar na agenda de estratégias dos lojistas: pessoas entre 35 e 49 anos, portanto as gerações X e Y (falando a linguagem de marketing), são as mais valorizam o Liquida como potencial para obter descontos. Já os mais jovens e até os mais velhos consideram que a Black Friday oferece mais vantagens. Foram ouvidas 150 consumidores com mais de 18 anos, informa a CDL-POA.
"Esperamos o melhor Liquida Porto Alegre de todos os tempos", acenou o presidente da câmara lojista, Irio Piva. A de 2024 será a 27ª edição da campanha considerada a mais longeva, sem nunca ter sido interrompida, no País.
A convicção de que a temporada deste ano será a melhor vem de ações que antecederam a data, explica Piva, além da crença da força de marca da campanha, que faz parte do cotidiano da cidade desde 1996. Apenas na pandemia, em 2020, houve uma trégua, em função da conjuntura sanitária.
"A gente fez um trabalho de retaguarda muito grande, mobilizando os mais de 5,1 mil participantes, com material para ajudar os lojistas a terem melhores resultados e como atender e ter condições diferenciadas", lista o dirigente.
"Para ter sucesso, o lojista precisa oferecer melhores condições aos consumidores. Com isso, os dois lados ganham", aposta Piva. A entidade não se compromete com nível de descontos, que fica a critério de cada ponto. O presidente do SindilojasPOA, que apoia a campanha, Arcione Piva, observa que há uma mobilização maior este ano. "Os lojistas estão mais animados e engajados, por isso acreditamos que será um grande Liquida", projeta Arcione.
O prefeito da Capital, Sebastião Melo, acredita que a temporada apresenta vantagens e vê ainda a movimentação de vendas que acaba impactando o caixa do município. "É bom para o cidadão, que pode trocar o fogão velho, comprar cama e material de construção para fazer seu puxadinho", exemplifica Melo.
Tem descontos: de loja a coworking
São 5,1 mil empresas inscritas com operações físicas ligadas a36 segmentos e situadas em 93 bairros. Além disso, há 1,5 mil plataformas de negócios digitais. "Só não tem participantes na zona rural por que não deve ter loja nas regiões", comenta o coordenador da campanha, Carlos Schmaedecke.
Na lista de negócios que devem oferecer descontos, está desde o comércio mais tradicional a hotéis e coworking, ambientes que ofertam espaços para atividades ligados a trabalho, principalmente o remoto.
"Não dá para ficar fora do Liquida", alerta o consultor de varejo Xavier Fritsch, que este ano elaborou conteúdo para auxiliar os comerciantes a ajustarem bem as ações ao período. "A campanha vai agitar as pessoas, mas elas vão ser seletivas, vão buscar a loja que está no Liquida", avisa Fritsch.
Outro detalhe: o ponto que o ponto que o consumidor escolher precisa estar preparado para recebê-lo:
"Precisa ter estratégia de converter o fluxo que a campanha gera. A cartilha que a CDL montou, a partir de orientações que fiz, tem ações fantásticas. Se o lojista sentar 30 minutos para ler, ele sai com o plano de ação montado. Aí, a loja vai ganhar dinheiro. Não tô falando em engajamento, mas em ganhar dinheiro", reforça o consultor.
A conjuntura econômica está favorável para ter mais comercialização na temporada, acredita o economista-chefe da CDL-POA, Oscar Frank. "Fevereiro tem a pior sazonalidade no Rio Grande do Sul", demarca Frank.
O que desafia a lógica do período é o fator fevereiro no calendário, mês com menos dias no ano, com a parada do Carnaval e ainda a ressaca pós-fim de ano. Os dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do IBGE, mostram que o único segmento sem queda em vendas é o de material escolar, por óbvio, devido a volta às aulas.
O economista aponta fatores que devem ajudar o comércio: "Desaceleração da inflação, queda dos juros, mercado de trabalho bastante sólido, com taxa de desemprego e baixa, ganho real do salário-mínimo e programas sociais do governo", elenca Frank, ponderando que o cenário é positivo, mesmo com inadimplência e informalidade no outro lado da balança.
Números da 27ª edição do Liquida Porto Alegre:
Período: 23 de fevereiro a 3 de março
Estabelecimentos: 5,1 mil pontos físicos de comércio e serviços de 36 segmentos e situados em 93 bairros. Também são 1,3 mil empresas com plataformas digitais
Onde estão os negócios: 64% em pontos de rua (3,2 mil) e 36% em shopping centers (1,8 mil)
Pesquisa CDL-POA/Vitamina, com 150 moradores acima de 18 anos:
- 7 em cada dez porto-alegrenses pretendem comprar durante a campanha
- 40,5% dos consumidores pretende gastar cerca de R$ 1 mil no período
- Vão comprar: eletrodomésticos (56%), eletrônicos (38%), roupas (32%), moveis (13%) e calçados (11%)
- Pessoas entre 35 e 49 anos valorizam mais o Liquida para descontos
- Mais jovens e mais velhos preferem a Black Friday

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