O volume de serviços no país variou negativamente 0,2% em janeiro de 2025 na comparação com o mês anterior, quando ficou estável (0,0%). Frente a janeiro de 2024, o setor avançou 1,6%, décima taxa positiva consecutiva. A variação negativa no mês foi puxada, principalmente, pelos serviços de transportes, que caíram 1,8%, com maiores taxas negativas nos seguintes segmentos: dutoviário, aéreo, rodoviário coletivo de passageiros, ferroviário de cargas e correio. O acumulado em 12 meses teve alta de 2,9%, menor do que a registrada em dezembro de 2024 (3,2%). Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo IBGE.
Os outros dois serviços com desempenho negativo em janeiro foram os prestados às famílias (-2,4%) e os profissionais, administrativos e complementares (-0,5%). O primeiro eliminou parte do ganho de 7,0% acumulado entre maio e dezembro de 2024, e o último registrou a terceira retração seguida, com perda de 3,7% nesse intervalo. "Após alcançar o ápice de sua série histórica em outubro de 2024, o setor de serviços apresentou duas taxas negativas e uma estabilidade nos últimos três meses. Nesse período, acumulou perda de 1,1%, que pode ser explicada pela alta margem de comparação. Em janeiro, três das cinco atividades investigadas mostraram resultados negativos e, apesar da variação negativa, o desempenho do setor de serviços ficou próximo da estabilidade", analisa o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
O setor de transportes foi o destaque no resultado de janeiro, sendo responsável pelo maior impacto negativo ao recuar 1,8%. "Houve quedas importantes no transporte dutoviário, com perda de receita de empresas relevantes que atuam nesse segmento, no transporte aéreo, no transporte rodoviário coletivo de passageiros, no transporte ferroviário de cargas e na atividade de correio", explica Lobo. No sentido contrário, informação e comunicação (2,3%) e outros serviços (2,3%) tiveram os únicos avanços de janeiro de 2025, com a primeira atividade acumulando um ganho de 2,8% nos últimos três meses, enquanto a última recuperou parte da perda verificada em dezembro de 2024 (-4,1%). "Os serviços de tecnologia da informação (7,8%) têm crescido de forma bastante expressiva, ditando o ritmo do setor de serviços como um todo. Em janeiro, esse segmento renovou seu recorde na série histórica da pesquisa, iniciada em janeiro de 2011", recorda Lobo.
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