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Com manobras que incluíram um polêmico pacto com separatistas do país, Sánchez conseguiu se manter no cargo apesar de ter ficado em segundo lugar nas últimas eleições, em julho, que ele mesmo havia convocado antecipadamente depois de perder apoio político.
Desta vez, o premiê se aliou a partidos separatistas do país, que têm forte rejeição entre a maioria da população. O pacto, principalmente com a sigla Junts per Catalunya, que defende a independência da região da Catalunha, gerou uma onda de protestos (leia mais abaixo).
Na votação desta quinta, os deputados aprovaram o governo do Partido Socialista por 179 votos a favor e 171 contra - Sánchez precisava de um mínimo de 176 votos favoráveis para conseguir formar governo.
Ele agora governará em aliança com outros seis partidos, entre siglas da esquerda e separatistas da Catalunha e do País Basco.
Espanha tem sétima noite de protestos contra acordo entre Partido Socialista e separatistas da Catalunha
A Espanha realizou eleições gerais em julho - um pleito já antecipado pelo próprio Pedro Sánchez, que em abril dissolveu o Parlamento e convocou a nova votação depois de resultados ruins para seu partido em eleições regionais naquele mês.
Na ocasião, a sigla de Sánchez, o Partido Socialista, perdeu na maior parte dos municípios que governava. Em paralelo, os conservadores do Partido Popular, sigla rival dos socialistas, abocanharam mais governos locais, e o Vox, de extrema direita, avançou em Parlamentos regionais.
Após os resultados, e surpreendendo até o seu partido, Pedro Sánchez anunciou em pronunciamento que convocaria novas eleições gerais, já que, segundo ele, os eleitores mostraram nas urnas insatisfação com seu governo.
No pleito de julho, o Partido Popular, conservador e rival de Sánchez, saiu vitorioso, mas não alcançou uma maioria necessária no Parlamento para formar governo - a Espanha tem um regime de monarquia parlamentarista e, para governar, uma sigla deve ter um número mínimo de assentos no Legislativo.
Protesto pró-separação da Catalunha mostra cartaz do ex-presidente catalão Carles Puidgemont, em 2019. — Foto: Jean-Francois Badias/ AP
Como alternativa, Sánchez, do Partido Socialista, começou a costurar uma aliança com partidos separatistas - o Junts per Catalunya, da Catalunha, e o Partido Nacional Vasco (PNV), do País Basco. As duas siglas, somadas a outras da esquerda que já apoiam os socialistas, deram a Pedro Sánchez o número de assentos para formar um novo governo.
Para apoiar Sánchez, no entanto, os separatistas catalães fizeram uma série de exigências. A principal delas era que o governo aprovasse a Lei de Anistia, que, se aprovada, absolverá automaticamente políticos catalães condenados por terem realizado um referendo sobre a separação da Catalunha em 2017. A votação havia sido proibida pela Justiça espanhola, mas foi feita mesmo assim na região.
Semana passada, Sánchez anunciou que aceitou as exigências dos separatistas, o que gerou uma onda de protestos violentos nas ruas de Madri.
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