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Sócios da 123milhas viram réus por suspeita de fraude e lavagem de dinheiro

MP diz que sócios sabiam que Promo123 era inviável. Na denúncia, a promotoria afirma que os dirigentes tinham conhecimento da inviabilidade da campanha Promo123, que oferecia passagens promocionais com datas flexíveis, ao menos desde junho de 2022, mas continuaram promovendo e vendendo os bilhetes até agosto de 2023.

Consumidores não foram informados de maneira adequada e clara de que os produtos da linha Promo que estavam adquirindo possuíam natureza diversa do produto convencional já oferecido pela 123 Viagens e Turismo Ltda. [...] A insuficiência informacional sobre a natureza do produto da linha Promo, associada ao nome escolhido para o produto (Promo), o período de lançamento (Black Friday) [...] foram fatores indutores de erro aos consumidores, caracterizando o produto da linha Promo como viciado desde sua origem.
MPMG, na denúncia

UOL revelou o caso. Reportagem de fevereiro de 2024 mostrou que a 123milhas ignorou alertas internas sobre a inviabilidade do Promo123 e, segundo ex-funcionários, mentiu a autoridades e clientes durante a crise que levou a empresa a pedir recuperação judicial no fim de agosto de 2023.

800 mil credores foram prejudicados. Após idas e vindas no processo de recuperação judicial entre 2023 e 2024, a 123milhas protocolou em 26 de dezembro um plano para ressarci-los.

MP pede mais de R$ 1 bilhão aos consumidores. Paralelamente à recuperação judicial, a promotoria pede, na ação penal, reparação de R$ 1,11 bilhão por conta do Promo123, e R$ 30 milhões por danos morais coletivos.

123milhas nega crimes. A agência afirmou, em nota à imprensa, que não praticou qualquer crime e que não agiu de má-fé contra clientes ou fornecedores. "Neste momento, o grupo está focado em apresentar o seu plano de recuperação judicial no prazo estipulado pela Justiça", declarou.

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