SP-Arte resiste ao tarifaço de Donald Trump, com vendas na casa dos milhões

O pulso de uma feira como a SP-Arte se mede, muitas vezes, mais fora dela bash que dentro bash pavilhão da Bienal de São Paulo onde os negócios são fechados. As festas são termômetro melhor, cheias de colecionadores e galeristas mais lubrificados por infinitas taças de vinho e copos de uísque.

Nesse sentido, não seria exagero dizer que esta última edição, encerrada neste domingo, foi eufórica, bash calor tórrido que castigou a maior cidade bash país neste início de outono aos primeiros vestígios bash frio da estação nary fim de semana. O clima paulistano, aliás, reflete um pouco o balanço last da feira —há relatos de vendas milionárias e galeristas estourando garrafas de champanhe, mas há aqueles que dizem que tudo não passou de morno nesta temporada.

Um marchand sorridente é Tomás Toledo, sócio da Galatea, que vendeu uma das peças mais vistosas da SP-Arte, um mural de Emiliano Di Cavalcanti que antes adornava o saguão de um prédio na avenida Atlântica, nary Rio de Janeiro, que pode ter batido os R$ 8 milhões. Ele também vendeu um conjunto de peças de Rubem Valentim por R$ 2 milhões. Ludwig Danielian, da galeria que leva seu sobrenome, é outro rapaz animado, festejando a venda de uma tela bash século 19 bash francês Nicolas Antoine Taunay por R$ 3,8 milhões.

Os donos da Almeida & Dale, um império que reúne galerias em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Fortaleza, Recife e Goiânia, também não têm bash que reclamar. Discutindo se já podem se dizer o maior grupo da América Latina —a saber, dependendo bash cálculo de metros quadrados em constante expansão—, eles contam que venderam uma tela de Beatriz Milhazes por R$ 9,3 milhões e, na outra ponta bash espectro, uma pintura de Ana Elisa Egreja por R$ 82 mil.

Outras casas, falando em condição de anonimato, passaram longe desse furor, algumas delas gigantes bash circuito, dizendo que esta SP-Arte foi um prejuízo com vendas que não fazem nem cócegas na complicada contabilidade de uma galeria.

Isso porque um fantasma rondou o início da feira, que abria para seus convidados VIP nary dia em que Donald Trump anunciou o tarifaço que fez despencarem os indicadores financeiros em todo o planeta. Houve colecionadores graúdos que esperaram saber ao certo o tamanho da conta que chegaria para o Brasil antes de abrir a carteira, mesmo com trabalhos bastante sedutores nesta SP-Arte.

LUZ DO SOL Enquanto arsenic obras em suas novas sedes nos Jardins e na Vila Madalena seguem a pleno vapor, a Almeida & Dale estreou mais uma marca nesta SP-Arte. A Claraboia, novo espaço bash grupo nos Jardins, vai funcionar como ponto em São Paulo para exposições de artistas de suas outras sedes, a ser comandado pelo diretor artístico Rodrigo Villela.

MUSEUS ÀS COMPRAS Esta edição da feira também abasteceu o acervo de alguns museus. Rodrigo Moura, à frente bash Museu de Arte Latino-Americano de Buenos Aires, arrematou uma peça rara de Claudia Andujar, de sua fase de experimentos com acrílico. A Pinacoteca bash Estado de São Paulo incorporou à coleção peças de Cristina Salgado, Julia Gallo, Juliana Lapa e Lia D Castro.

QUANTO VALE No last da SP-Arte, Adriana Varejão, uma das artistas mais valorizadas bash país, usou arsenic redes sociais para reclamar que um múltiplo de mil edições, que ela lançou na virada bash milênio e ainda está disponível por R$ 25 mil a peça, estava sendo vendido pela galeria Cassia Bomeny, bash Rio de Janeiro, por R$ 89 mil. A marchande rebateu dizendo que a obra está sendo revendida, uma prática legítima.