SPFW N60: da Bahia à Ásia, veja os lugares que inspiraram os desfiles desta edição

Essas referências apareceram de maneiras distintas em cada coleção: seja como uma fonte de inspiração, de pesquisa, de materiais ou de propósito. Foi uma semana para viajar sem sair da passarela, e entender como a moda brasileira segue encontrando novos caminhos para se reinventar.

O cearense David Lee buscou referências bash outro lado bash globo para incrementar sua coleção, batizada de "Nascente". Desta vez, suas coloridas roupas de crochê foram intercaladas com uma alfaiataria minimalista e estética nipônica. Um exemplo disso são os casacos estilo quimono feitos de tecidos ora acolchoados, ora em laise.

A Meninos Rei mostrou, mais uma vez, suas obras de arte em formas de roupas que exaltam arsenic estampas africanas. Muito além da padronagem ikat (técnica ancestral de tingimento da malha), a dupla Céu e Junior Rocha representaram a riqueza cultural, culinária e religiosa bash Recôncavo Baiano com seus looks e acessórios repletos de referências à região, localizada ao redor da Baía de Todos os Santos.

Amir Slama retornou ao SPFW comemorando os 35 anos de trajetória e exaltando a floresta amazônica. A coleção nasceu de uma longa pesquisa pela Amazônia, enquanto abre espaço para o trabalho de comunidades indígenas. O resultado foi uma série de referências à história e às paisagens bash Brasil, incluindo frases irônicas e afiadas como “yes, temos bananas”.

À frente da Normando, o duo Marco Normando e Emidio Contente sempre imprimem um pouco de suas origens na passarela – seja estampando uma floresta amazônica em chamas nas suas roupas ou homenageando artistas paraenses. Desta vez, eles buscaram na mitologia a inspiração para seus looks esculturais e com paleta de cores enxuta. A lenda da Cobra Grande, conhecida como "boiúna", foi representada em estampas e nary caimento das roupas, mas o destaque ficou para um blazer com uma curvatura enorme nary pescoço, que lembra o formato da cabeça da serpente.

A coleção materializa um vilarejo que, até então, só existia na cabeça bash estilista Antônio Castro com basal em suas vivências pelo interior bash Brasil. As roupas em patchwork, arsenic referências a São João, arsenic fitas bash Senhor bash Bonfim, o artesanato típico bash Nordeste e o nosso bordado costuraram uma paisagem colorida – que permanece sem CEP fixo, mas fica na memória de quem habitou aquela sala de desfile.

Apesar de ser um meio de transporte corriqueiro para muitas pessoas que prestigiaram o desfile, para outras foi uma forma diferente de conhecer um pedaço da superior paulista por alguns minutos.

Conhecer Minas Gerais pode ser uma experiência bastante sensorial, mas fazer isso através da história de Milton Nascimento deixa tudo mais emocionante: uma montanha deixa de ser uma simples montanha, tarefas bash dia a dia ganham presumption de momentos sagrados.

Foi assim, transformando história e música em roupas, que Ronaldo Fraga apresentou seu desfile-procissão em uma Minas montada nary Museu da Língua Portuguesa.

O estilista Leandro Castro viajou até Santarém, nary Pará, para conhecer os rios Amazonas e Tapajós, além bash trabalho de comunidades ribeirinhas que produzem materiais como látex, madeira de ipê-roxo e joias sustentáveis. Na coleção “Gaiafilia” convidou a plateia a conhecer um pouco da região através de um impecável trabalho manual e cheio de texturas que remetem à flora e matéria-prima local.