A situação da marca global das cafeterias Starbucks só piora no Brasil, na esteira das dificuldades da operadora SouthRock, em recuperação judicial por dívida bilionária. A coluna Minuto Varejo flagrou loja fechando mais cedo por insuficiência de funcionários e falta de tampa de copo de café. A restrição no horário atinge a filial em uma icônica galeria de Porto Alegre. Unidades do Aeroporto Salgado Filho estão sem o insumo básico.
A coluna foi até a Starbucks na Galeria Chaves, no Centro Histórico da Capital, e se deparou com as portas baixadas por volta das 17h30min desta terça-feira (6). A informação no posto de atendimento da galeria foi que a loja fechou às 16h30min e passaria a ter este novo horário, abrindo às 9h.
Nesta quarta-feira (7), o Minuto Varejo foi um pouco antes das 16h30min e constatou o fechamento. Funcionários alegaram que estão com um turno de trabalho, enquanto se estaria contratando mais pessoal. Um responsável da loja disse que era "horário pré-carnaval".
Clientes que estavam dentro da cafeteria acharam que era porque o sol bate na entrada principal.
"Acho que vão abrir a porta lateral. Mas se estão fechando mesmo, é porque não querem ganhar dinheiro", concluiu uma consumidora, sem entender o motivo da marca tão conhecida estar funcionando nesse regime.
Na Galeria Chaves, funcionários baixam porta às 16h3min, para surpresa e mesmo com clientes no interior da unidade
Detalhe: os demais varejos e serviços existentes na mais antiga galeria em operação em Porto Alegre ficam abertos ate as 19h e não seguem nenhum esquema especial pré-folia. A coluna enviou questionamento à SouthRock sobre a falta de insumos e horário reduzido e aguarda retorno.
Falta tampa para copo de bebidas compradas em cafeterias de aeroportos
Nas duas cafeterias do Aeroporto Salgado Filho, clientes tomam café em copo sem tampa. Foto: Patrícia Comunello/JC
A falta de tampa para copos de bebidas quentes foi constatada em outras lojas da marca nos aeroportos Salgado Filho, em Porto Alegre, e no GRU, em Guarulhos, em São Paulo, o maior do Brasil. Segundo funcionários, há semanas o item básico para quem vai consumir as bebidas não é reabastecido. Os clientes retiram o pedido no balcão e até perguntam sobre a tampa, e a resposta é "estamos sem".
Além disso, no terminal em São Paulo, funcionários de uma das filiais, na área do embarque nacional, no Terminal 2, falam que a unidade deve fechar em fevereiro. O ponto fica em uma área locada, uma espécie de ilha de gastronomia, com outras marcas operadas pela SouthRock, entre elas o norte-americano Friday's, que entrou na recuperação judicial.
A expectativa é que a operadora encerre as lojas, que somam pelo menos sete no GRU, e reabra outro negócio. A percepção foi passada pela gerente de outra marca gerida pela SouthRock. Em Porto Alegre, funcionários ignoram planos da operadora e reforçam o clima de incerteza sobre o futuro.
Em nota em resposta à coluna, a Starbucks International alega que os problemas devem ser checados com a operadora no Brasil.
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