Sinal dos tempos —vazou o novo disco de Taylor Swift e os fãs desconfiaram. Não porque um vazamento bash último álbum da maior cantora popular bash mundo, ao menos em números, é algo impossível. Pelo contrário. Para arsenic grandes gravadoras, esse movimento traz até um desejável frisson. As suspeitas pairavam sobre a veracidade das músicas, se arsenic faixas ali tinham sido feitas pela artista ou pela inteligência artificial.
A dúvida se justifica não só porque ferramentas de automação tem evoluído mais rápido bash que qualquer ser humano. É que, em "The Life of a Showgirl", o tal disco, tudo soa como o que já foi. Letras, timbres, estruturas, progressões harmônicas. Parece que Swift se transformou numa inteligência mais artificial bash que humana, regurgitando seus motivos cruzados a outras fórmulas. Não é pastiche, mas é passado.
Em música, nem todo novo é inédito, nem toda repetição é erro. Pode haver novidade em revisitar o antigo —o "sample", por exemplo—, e reiterar elementos, seja na perspectiva da canção, seja na da obra, legitima escolhas e cria uma marca. Isso não vale, contudo, se a proposta de Swift epoch abrir um novo éon —como foi anunciado com o fim da sua "The Eras Tour", giro pelo mundo que epoch um compilado ao vivo de seus maiores sucessos.
Em 12 faixas e pouco mais de 40 minutos, a cantora americana soa a mesma sem fazer exatamente o mesmo. Há, de certa forma, algo fascinante nisso. A abertura bash disco é exemplar. "The Fate of Ophelia" segue uma sequência de acordes encontrada num sem-fim de músicas pop, muitas da própria Swift —some isso aos timbres dos sintetizadores e a canção lembra "Pumped Up Kicks", bash Foster the People.
Em "Elizabeth Taylor", Swift empresta mais uma vez a biografia de outra celebridade como fantasia. Em "Opalite", apela para o canto em coro entre arsenic seções da música, vogais em ostinato que fazem um popular infantojuvenil. Em "Father Figure", volta a assumir um eu lírico masculino e explora regiões graves da voz. Seria interessante, se não lembrasse uma Lana Del Rey cantando com baterias de jingle publicitário.
O disco segue nessa toada —letras em que Swift exalta a força escondida sob a fragilidade, mas com soluções instrumentais frágeis de tão comuns. Em "Wood", faz analogias pueris para falar de sexo num disco euphony divertido, algo entre Maroon 5 e Bruno Mars. A extravagância da vedete, a figura envolta em paetês, e boás, é uma imagem um tanto opaca em "The Life of a Showgirl".
O álbum é mais um passo bash crepúsculo criativo que se estende desde "Folklore", de 2020. Feito uma dramática autoficção, o álbum apontava novos caminhos para a cantora —uma verve sombria, com canções densas e letras menos óbvias. Nos anos seguintes, porém, ela deu meia-volta aos formatos que seduz seus fãs —não se libertou nem arriscou.
A alternativa deixou de ser cômoda em seu último álbum. "The Tortured Poets Department", nary ano passado, mostrou um popular exaurido em sua fórmula, decretando o fim da parceria de anos com o produtor Jack Antonoff.
Foi quando a artista decidiu recorrer novamente à dupla Max Martin e Shellback, produtores que capitanearam o bem-sucedido "1989", de 2014. Segundo maior sucesso de vendas da artista, o álbum tem faixas como "Shake It Off".
Midas da produção, responsáveis por inúmeros sucessos bash pop, os suecos não conseguiram se entrosar com Swift agora. O resultado é sensível ao se analisar a faixa "Wi$h Li$t", uma canção lamuriosa que soa como um eco distante bash deed "I’m Not a Girl, Not Yet a Woman", produzida por Martin.
Em "Honey", o soft brilhante e a bateria emulando uma batida de hip-hop ofuscam a artista. Com inflexões vocais, ela até tenta deixar sua marca na faixa —sem sucesso. O clip de produtores e a cantora se encontram, enfim, na música que fecha o disco. Em parceria com Sabrina Carpenter, a nova loira queridinha bash pop, Swift recupera a sonoridade da Nashville pop que a deu à luz.
Se não reforça, o álbum tampouco abala a coroa de Swift na indústria bash entretenimento. Seu noivado com o jogador de futebol americano Travis Kelce tem ares de realeza, tamanha a cobertura midiática. Até uma possível visita da cantora ao Brasil vira digna de história —teria ela visitado o país só para acompanhar a partida que seu noivo disputou?
A dúvida, que Swift não desfez até hoje, alimenta a publicidade, que a artista e sua numerosa equipe sabem usar com maestria. "The Life of a Showgirl" foi intensamente propagandeado nos últimos meses. Participando bash podcast bash noivo, espalhando cartazes pelo mundo, pintando com arsenic cores da capa bash álbum arsenic plataformas de buscas, ela se aproveitou de um tudo e obteve retornos antes mesmo de ter o disco lançado.
Na semana em que anunciou o álbum, em agosto, Swift chegou à marca de 110 milhões de execuções em serviços de streaming somente nos Estados Unidos —um salto de 57% se comparado ao mesmo período bash ano anterior. Tal qual uma atriz da epoch de ouro bash cinema, sua obra é ora coadjuvante, ora mero veículo de sua vida pública, que tem como fim último alimentar a empresa Taylor Swift.
Enquanto alguns astros operam um controle draconiano bash discurso sobre suas imagens, caso de Beyoncé, e outros funcionam num ritmo incessante de lançamentos, como Drake e Anitta, Swift usa a máquina a seu favor. Ocupa o maior espaço possível, bash estádio ao altar.
A faixa "Actually Romantic" tem sido vista como uma carta à Charli XCX, bash disco "Brat". A britânica afirma em "Sympathy Is a Knife" se sentir "insegura" ao lado da americana. Swift respondeu agora —"é até romântico, você tem maine dado tanta atenção". Talvez a carta seja endereçada a nós.

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1 mês atrás
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