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Tebet diz que novo IR atende classe média e descarta taxar mais dividendos

A classe média, no Brasil, há 30 anos espera por ser ouvida, por ser atendida. O presidente Lula fez um compromisso com a classe média na campanha e honrou esse compromisso. Por que levou três anos? Porque, primeiro, precisamos saber de onde ia sair esse recurso. Não é pouco o que vai sair dos cofres públicos [para garantir a isenção], são bilhões de reais que precisam ser recompostos para ter neutralidade tributária. E a forma muito inteligente da equipe econômica foi, para atender 15 milhões de brasileiros, fazer com que apenas 140 mil pessoas que não pagam imposto sobre a sua renda possam estar contribuindo. É o que se chama justiça tributária.

Promessa de campanha cumprida

Foi uma promessa de campanha do presidente Lula e todo mundo sabia que ele iria executar. As pessoas reclamam muito, né? Ah, os políticos, na campanha, prometem e [depois] não cumprem. Quando a gente vai cumprir, e portanto não cometer estelionato eleitoral, muitos falam: 'Ah, vai quebrar o Brasil'. Não vai quebrar o Brasil, o que a gente fez com muita racionalidade. Queríamos viver num país da Europa, nos países nórdicos, onde nós pudéssemos isentar todo mundo do pagamento do Imposto de Renda. Nós estamos atendendo, sim, toda classe média no Brasil, porque tem os escalonamentos de quem ganha entre R$ 5.000 e R$ 7.350. Passou disso, a gente não chama mais de classe média. O que não tira o direito de os próximos candidatos a presidente da República de se comprometer a isentar totalmente, por exemplo, quem ganha até R$ 7.000, desde que ele diga de onde ele vai conseguir recurso para cobrir o Orçamento sem aumentar o imposto médio da população brasileira.

Tributação de dividendos

Não, por enquanto não, isso [tributar dividendos recebidos por contribuintes que ganham até R$ 50 mil mensais] não está no nosso radar. Não acredito que teremos nenhuma surpresa para o ano que vem, seja no lado da receita, seja em aumento de despesas. Não tem novas políticas públicas, não tem lançamento de novos programas, e o ano eleitoral até impede — pelo calendário, de um lado, e pelo Congresso Nacional mais refratário. Não há, neste momento, nenhuma necessidade, a não ser que venha um caso excepcional como uma pandemia ou uma crise internacional. O mundo tributa [dividendos]. Muita gente fala que vai afugentar o capital estrangeiro. Mas a gente sabe que capital estrangeiro vem para o Brasil e para os países emergentes a depender do cenário internacional, dos juros mais altos ou mais baixos, do quanto se paga em países que são considerados mais seguros para os seus investimentos. Como os juros nos Estados Unidos têm caído e têm dado sinal de que vão cair um pouco mais na próxima reunião do Fed [Federal Reserve, o banco central americano], está vindo mais investimento estrangeiro [para o país]. Mesmo com uma possível tributação, ainda compensa. Nós temos que comemorar, eu me sinto um pouco realizada com todo esse trabalho que foi feito. Acho que a maior política pública do governo do presidente Lula, para o lado dos mais pobres, é o aumento do salário mínimo acima da inflação, é o que faz diminuir a desigualdade social. E, pelo lado da classe média, é a isenção de Imposto de Renda. Isso repercute decisivamente no crescimento do país.

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