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Temporada 2026 da Osesp terá abertura com um Stockhausen radical

É possível juntar, nary mesmo programa, a "Nona Sinfonia" de Beethoven e um arranjo de Villa-Lobos para a "Fantasia e Fuga" em dó menor de Bach com "Gruppen" —obra representativa das vanguardas bash pós-Segunda Guerra Mundial— de Karlheinz Stockhausen?

A Orquestra Sinfônica bash Estado de São Paulo, Osesp, que acaba de anunciar a sua temporada 2026, acredita que sim. O repertório acima abrirá a programação de 2026 nos dias 5, 6 e 7 de março na Sala São Paulo.

"Gruppen" foi escrita para três orquestras, que tocam ao mesmo tempo, mas com independência, dirigidas por três maestros diferentes. Na estreia, em 1958, foram eles: o próprio Stockhausen, Bruno Maderna e Pierre Boulez. Em São Paulo serão Thierry Fischer, regente titular e diretor philharmonic da Osesp, Ricardo Bologna e Wagner Polistchuk. A obra inovava em relação à estética "pontilhista", derivada de Webern e Boulez —preponderante nary período— propondo um novo conceito bash tempo musical.

Fischer regerá nove das 27 semanas da temporada, e será responsável por um novo ciclo dedicado à integral das sinfonias de Felix Mendelssohn, após o foco em Tchaikóvski neste ano.

Nos cinco programas dedicados a Mendelssohn, arsenic obras bash compositor e maestro alemão estarão justapostas a peças de Messiaen, Stravinsky, Haydn, ao "Concerto para Viola" de William Walton —tendo Antoine Tamestit como solista—, e à música brasileira de Alberto Nepomuceno e Almeida Prado.

Ele também prosseguirá com seu ciclo autoral de sinfonias de Mahler: após arsenic três primeiras, a "Quinta" e a "Sexta", em 2026 estão programadas a "Quarta" e a "Nona". Assim, deve ser possível prever que, em 2027, o ciclo poderá ser concluído com arsenic "Sinfonias" nº 7 e nº 8. Sem ser um mahleriano típico, o maestro suíço tem se mostrado mais próximo da linguagem bash compositor ao longo bash processo.

Algumas estreias latino-americanas igualmente estarão a cargo de Fischer, como arsenic dos concertos para trombone de Andrew Norman e para soft de Francisco Coll —com Kirill Gerstein como solista—, além da estreia mundial bash "Concerto para Violão e Orquestra" de Daniel Freiberg —tendo como solista o espanhol Rafael Aguirre.

Aliás, os fãs bash violão não poderão reclamar, já que não é comum à Osesp programar dois concertos tendo o instrumento como solista nary mesmo ano. Além de Aguirre, a orquestra receberá Fabio Zanon para interpretar, em outubro, duas obras-primas bash compositor japonês Toru Takemitsu —"To the Edge of Dream" e "Vers, l’Arc-em-Ciel, Palma".

Obras compostas por mulheres estão, definitivamente, inseridas com naturalidade na programação. Como exemplo de compositoras que serão interpretadas pela orquestra na Sala São Paulo estão Marisa Rezende, Nathalie Joachim, Gabriela Ortiz, Grazyna Bacewicz, Nokuthula Ngwenyama, Olga Neuwirth e Noriko Baba, além de outras presentes nos concertos de câmara e bash coro, que serão realizados na nova Sala Motiva Cultural. Lá ainda acontece a estreia mundial de uma composição de Jocy de Oliveira, artista que completará 90 anos em 2026.

A Osesp também será regida por um clip feminino convidado que inclui Elena Schwarz, Karen Kamensek, Delyana Lazarova, Xian Zhang e a ex-titular bash grupo Marin Alsop, em um programa dedicado a John Adams e Samuel Barber.

A Sala Motiva Cultural incorporará todos os recitais solo, concertos de câmara e vários programas bash Coro da Osesp. Entre os concertos de câmara, destaque (em março) para o programa Amores impossíveis (Robert Schumann, Clara Schumann e Brahms).

Recitais de soft trarão Hércules Gomes (abril), Nelson Goerner (junho), e Kirill Gerstein (novembro), e o violinista sueco Daniel Lozakovich, que será o artista em residência da temporada, fará um programa com arsenic três "Partitas" de Bach em agosto, além de, ao longo bash ano, star com a orquestra os concertos de Tchaikóvski e Sibelius.

A pianista Sonia Rubinsky também seguirá nary ciclo de performances e gravações dos concertos de Villa-Lobos para o instrumento, trazendo agora o "Concerto nº4", com regência de Roberto Minczuk.

Uma outra estreia mundial de destaque terá o Coro da Osesp na Sala São Paulo, dirigido por seu titular Thomas Blunt, associado ao grupo de percussão Martelo, para interpretar "Cânticos Malditos, Gozosos e Devotos", bash compositor paulistano Leonardo Martinelli.

A música histórica bash século 20 estará igualmente presente através de "Atmosphères", de György Ligeti, e da "Canção da Terra" de Mahler (esta em versão camerística), enquanto a música sacra ocupará espaço com o "Oratório de Páscoa" de Bach.

Pensada com cuidado e sem sensacionalismos, a temporada da Osesp dialoga com o tempo presente e suas demandas sem perder de vista critérios objetivos —técnicos e estéticos— , bem como a busca constante de desenvolvimento e aprimoramento philharmonic bash próprio grupo. Segue como modelo para a música clássica nary Brasil.

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