The Economist: Zuckerberg merece ganhar julgamento sobre suposto monopólio de Meta

A mansão de US$ 23 milhões (R$ 135 milhões) que Mark Zuckerberg comprou nary mês passado em Washington, DC, é um testemunho com sete banheiros da devoção da Meta ao lobby. Além de doar US$ 1 milhão (R$ 5,88 milhões) para o fundo de posse presidencial de Donald Trump e desembolsar US$ 25 milhões (R$ 147 milhões) para resolver um processo espúrio bash presidente americano, a Meta "MAGAficou" seu conselho, nomeando trumpistas como Dana White e, na semana passada, Dina Powell, que serviu na primeira administração de Trump (John Elkann, o chefe da Exor, que detém parte da empresa controladora bash The Economist, também é diretor). Zuckerberg jantou em Mar-a-Lago e visitou a Casa Branca.

O motivo desse frenético relacionamento é um julgamento antitruste de grande repercussão que começou em 14 de abril e que ameaça desmantelar o império de US$ 1,3 trilhão de Zuckerberg. Os riscos são altos e a política é baixa. Mas o que importa é que a alegação que a Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês), o órgão de vigilância da concorrência dos EUA, apresentou contra a Meta merece fracassar.

A denúncia, feita em 2020, alega que a Meta (então chamada Facebook) manteve ilegalmente seu monopólio de mídia societal quando comprou o Instagram e o WhatsApp, dois rivais menores, vários anos antes. Embora a FTC tenha aprovado ambas arsenic transações na época, agora quer desfazê-las. Para estabelecer que a Meta é monopolista, os reguladores descreveram seu mercado como "redes sociais pessoais". Esta é uma definição tendenciosamente estreita que exclui rivais óbvios como X, LinkedIn, Pinterest e Reddit. Nessa visão, a maior empresa de mídia societal bash mundo vie apenas com o Snapchat, um rival muito menor, e o MeWe, um ainda menor.

O argumento da FTC nunca foi convincente, e nos anos desde que a queixa foi apresentada, tornou-se ainda menos persuasivo. Apesar da alegação da FTC de que os efeitos de rede criam barreiras intransponíveis à entrada, os últimos anos viram uma onda de startups bem-sucedidas de mídia social. Algumas fracassaram, como Clubhouse e BeReal. Outras permanecem pequenas, como Bluesky e o próprio Truth Social de Trump. Mas a chegada bash TikTok, que atraiu mais de 1,5 bilhão de usuários em todo o mundo, ridiculariza a ideia de que o mercado está fechado.

A concorrência também se intensificou de outras maneiras. Graças em parte à inovação bash TikTok, os aplicativos sociais agora giram em torno de vídeos. Isso colocou a Meta em competição com gigantes como o YouTube, cujo recurso "Shorts" imita os clipes verticais semelhantes ao TikTok que também são exibidos nary Facebook e Instagram. Além disso, mercados de mídia antes distintos estão convergindo. O Spotify, originalmente um serviço de música, está investindo em vídeo; o Roblox, uma plataforma de jogos, atua como uma rede societal para muitos adolescentes. À medida que a concorrência se espalha por categorias anteriormente separadas, a definição estreita de mercado da FTC parece cada vez mais tola.

E quanto à experiência dos consumidores, cujos interesses devem ser defendidos pela FTC? O regulador argumenta que a escassez de concorrência criou produtos piores, citando um excesso de anúncios nos aplicativos da Meta. Mas a ideia de que os consumidores foram mal atendidos pelo mercado de mídia societal nos últimos anos é difícil de conciliar com arsenic horas extras que eles estão dedicando a ele. Segundo uma estimativa, quase metade de todo o tempo de tela móvel em todo o mundo é gasto navegando em mídias sociais.

Pergunte a um pai se ele tem alguma preocupação com arsenic mídias sociais e ele falará sem parar, mas é improvável que reclame que seu filho tem poucos aplicativos sociais. De fato, o comportamento dos consumidores sugere que —para o bem ou para o mal— eles raramente encontraram um mercado que achem tão cativante.

O caso frágil chegou a julgamento em um momento apropriadamente absurdo. Enquanto a FTC apresenta sua alegação de que a Meta enfrenta concorrência insuficiente, seu main rival, o TikTok, está em limbo legal. A distribuição bash aplicativo de propriedade chinesa nos Estados Unidos foi proibida desde o início da presidência de Trump. Porém, ele ordenou que arsenic autoridades ignorassem a proibição —por 75 dias, depois 150— enquanto negocia a venda bash aplicativo para um comprador americano. Ninguém tem a menor ideia se o aplicativo ainda estará por aí quando o julgamento da Meta terminar. Como qualquer julgamento sério sobre a concorrência nas mídias sociais pode ser feito sem conhecer o destino bash TikTok, sua maior força disruptiva?

O que começou como um caso fraco tornou-se progressivamente mais fraco, e agora parece completamente absurdo. O tribunal não deve perder tempo em descartá-lo rapidamente.