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VÍDEO: Bombardeios israelenses levantam cortina de fumaça em 'cidade-fantasma' do sul do Líbano

Desde o início da ofensiva israelense contra o Hezbollah no Líbano, no final de setembro, Tiro tem sido alvo de ataques aéreos. O Exército de Israel afirma que contra alvos militares do grupo extremista.

No ataque desta segunda, caças israelenses atacaram depósitos de armas e mísseis antitanque, edifícios militares e postos de observação de várias unidades militares do Hezbollah, segundo comunicado das Forças de Defesa de Israel (FDI).

Segundo a FDI, entre os alvos está a Unidade Aziz do grupo extremista, responsável por lançamentos da região sudoeste do Líbano em direção ao território israelense.

"Pela segunda vez em alguns dias: As Forças de Defesa atacaram alvos terroristas do Hezbollah na região de Tiro, no sul do Líbano. A área de Tiro é considerada uma zona de operações terroristas importante para o Hezbollah e a Unidade Aziz, utilizada para promover atividades terroristas contra o Estado de Israel", afirmou o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), Avichay Adraee.

Antes de realizar os bombardeios, os militares de Israel emitiram ordens de evacuação para os moradores. Segundo imagem compartilhada por Adraee, pelo menos seis edifícios espalhados pela cidade eram alvo dos israelenses. No vídeo em destaque, é possível diversas colunas de fumaça subindo após explosões. (Veja acima)

A guerra transformou a tranquila cidade portuária de Tiro, no Líbano, em uma cidade-fantasma. Segundo o prefeito de Tiro, Hassan Dabouq, apenas um quarto dos moradores permanecia na cidade, e muitos temiam que a destruição que assolou o enclave palestino de Gaza estivesse chegando para eles também. (Leia mais abaixo)

Exército israelense bombardeia cidade de Tiro, no sul do Líbano, em 28 de outubro de 2024. — Foto: Reuters

Explosões trovejantes seguidos de colunas negras de fumaça no céu, ruínas antigas sem turistas e um litoral sem pescadores ou banhistas. A guerra transformou a tranquila cidade portuária de Tiro, no Líbano, em uma cidade-fantasma.

Tiro foi considerada segura durante grande parte do último ano, mesmo em meio a trocas de agressões entre o Hezbollah e Israel desde o início na guerra na Faixa de Gaza --o grupo extremista libanês bombardeia o norte de israelense em solidariedade ao grupo terrorista palestino Hamas. Mas os ataques aéreos israelenses desta semana geraram temores de que nenhum lugar no Líbano seria seguro.

Colunas de fumaça sobem após bombardeios israelenses na cidade de Tiro, no sul do Líbano, em 28 de outubro de 2024. — Foto: AP Photo/Mohammad Zaatari

As pitorescas praias de Tiro se esvaziaram. No mês passado, ambientalistas ajudavam tartarugas marinhas ameaçadas de extinção a botar ovos ao longo da costa, mas desde então, o exército israelense alertou contra atividades marítimas, dizendo que elas poderiam ser alvos.

Mais de 2.500 pessoas foram mortas pela ofensiva de Israel no Líbano, e mais de 1,2 milhão foram forçadas a deixar suas casas, segundo autoridades libanesas.

"Estamos muito preocupados. A situação pode ficar como Gaza, e Israel emitir mais ordens de evacuação que me forcem a deixar minha cidade natal. Não foi assim em 2006, isso é muito difícil. Eles não destruíram tanto assim", disse o pescador Khalil Ali à Reuters.

A guerra transformou a tranquila cidade portuária de Tiro, no Líbano, em uma cidade-fantasma.

O prefeito de Tiro, Hassan Dabouq, disse à Reuters que apenas um quarto dos moradores permanecia na cidade, e muitos temiam que a destruição que assolou o enclave palestino de Gaza estivesse chegando para eles também.

"É o mesmo povo, a mesma guerra, a mesma mentalidade e os mesmos (oficiais israelenses), com o mesmo apoio dos americanos e europeus. Os elementos são os mesmos, então por que seria diferente no Líbano?" disse Dabouq.

No porto de Tiro, dezenas de embarcações estavam ancoradas na manhã de quarta-feira. Normalmente, essa área estaria cheia de atividades enquanto os pescadores traziam suas capturas para vender aos comerciantes, mas agora está assustadoramente silenciosa. Alguns pescadores estavam presentes, não para pescar, mas para verificar seus barcos.

Lojas e restaurantes estavam fechados, e os refrigeradores que antes mantinham peixe fresco estavam vazios e desligados.

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